quinta-feira, 26 de junho de 2025


Quem ganhou a guerra entre Israel e Irã

Obviamente, do ponto de vista humano, em uma guerra não há vencedores. Principalmente quando se contabilizam mortos, feridos e prédios civis destruídos. Mas, do ponto de vista militar e geopolítico, um conflito armado costuma ter ganhadores e perdedores.

Passadas 24 horas do cessar-fogo na "guerra de 12 dias", é possível analisar os resultados, ainda que parciais. A própria expressão "guerra de 12 dias", utilizada pelo presidente americano, Donald Trump, tem um fundo simbólico. Trump, o principal vencedor do conflito por fazer as vezes de "pacificador", ainda que pelo canhão, tem chamado assim esse confronto em referência à Guerra dos Seis Dias, empreendida por Israel, em 1967, na qual o país derrotou Egito, Síria e Jordânia.

A ação fulminante naquela guerra resultou na expansão territorial israelense, que ocupou a Faixa de Gaza, a Península do Sinai, a Cisjordânia, Jerusalém Leste e as Colinas de Golã.

Trump quer passar a ideia de que, assim como aquele conflito, o embate de 2025 reconfigurou o Oriente Médio.

Uma parte é verdade, outra, exagero

Esse conflito extrapolou as fronteiras dos próprios países, envolveu outras nações, colocou dois Estados em confronto direto, exibiu a fragilidade militar do Irã e reforçou o poderio bélico de Israel. Mostrou também como os proxies do Irã (Hamas e Hezbollah) estão enfraquecidos, uma vez que não perpetraram ações terroristas durante as quase duas semanas de troca de mísseis. A força aérea iraniana ficou em terra, e as defesas antiaéreas foram neutralizadas por operações israelenses. Além disso, o regime perdeu as principais cabeças da hierarquia militar e alguns cientistas nucleares. No entanto, sobreviveu - e isso tem sido comemorado internamente como prova de "resistência".

Do lado israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sai fortalecido quando cresciam críticas da opinião pública sobre a demora para trazer de volta os reféns de Gaza e a polêmica em torno da obrigatoriedade de os ultraortodoxos servirem às forças armadas - sem falar de seus problemas com a Justiça, onde é réu por corrupção. A ameaça existencial representada pelo Irã une os israelenses.

Essa é uma parte da contabilidade da guerra. Há outra. A medida da vitória se dá também pelo argumento pelo qual Israel atacou o Irã, o programa nuclear dos aiatolás. Relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) informava que o país estaria muito próximo de enriquecer urânio suficiente para produzir bomba atômica. Trump e Netanyahu afirmam que tal programa foi destruído. Entretanto, um documento de inteligência dos EUA, obtido pelo jornal The New York Times, informa que teria sido só retardado por alguns meses.

A se confirmar a informação, o principal objetivo não teria sido atingido - a eliminação das instalações nucleares iranianas. _

Cardeal faz crítica sobre enchente

Em artigo publicado no site da Arquidiocese de Porto Alegre, o cardeal dom Jaime Spengler chamou à responsabilidade as autoridades gaúchas diante de estragos, desabrigados e nova ameaça de enchentes no Estado: "Novamente os mesmos discursos: choveu acima da média", "infelizmente não se pode prever este tipo de situação", "estamos empenhados em ir ao encontro de quem necessita de auxílio", escreveu.

Na sequência, afirmou: "O tempo urge. A burocracia, a morosidade e, talvez, a falta de transparência em alguns setores colaboram para a morosidade diante do que necessita ser feito".

Agenda lotada

Nomeado pelo papa Leão XIV na terça-feira como membro do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica da Santa Sé, dom Jaime tem agenda cheia nas próximas semanas.

De Roma, avisa que retorna a Porto Alegre no dia 27. Mas volta à capital italiana três dias depois. Depois, tem uma série de compromissos Brasil afora e só retorna para casa em 9 de julho. Aos leitores que perguntaram à coluna se, com o novo cargo, ele se mudaria para o Vaticano, dom Jaime explica que continuará morando no RS. _

Rei Charles III e Marina Silva juntos

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reuniu-se com o rei Charles III, ontem, em Londres. O encontro ocorreu na Lancaster House após participação em evento conjunto da Iniciativa de Mercados Sustentáveis (SMI) e do Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido (DEFRA).

Em gesto simbólico, a ministra presenteou o monarca com uma foto da castanheira (Bertholletia excelsa Bonpl.) que ele plantou com a então princesa Diana em abril de 1991, durante visita a Parauapebas (Pará).

"Dedos Verdes"

A árvore, hoje com 34 anos e 15 metros de altura, está no Parque Zoobotânico Vale, na Floresta Nacional de Carajás, e produziu primeiros frutos em 2019.

"Tenho dedos verdes", brincou o rei ao receber o presente. Durante o encontro, Charles III elogiou os esforços do governo brasileiro na proteção das florestas, com ênfase na preservação da Amazônia.

Segundo publicação oficial da Família Real Britânica no Instagram, a conversa também abordou os preparativos para a COP30 - a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro de 2025 em Belém, no Pará. _

coordenador

O advogado gaúcho Fabiano Machado da Rosa, sócio-fundador do escritório PMR Advocacia, passa a ser o coordenador do Comitê de Auditoria do Pacto Global da ONU Brasil. O grupo supervisiona práticas financeiras, administrativas e de governança, contribuindo para a integridade e a transparência da iniciativa.

Biocombustíveis no cardápio

O empresário gaúcho Erasmo Carlos Battistella, CEO da Be8, empresa brasileira referência em biocombustíveis, com sede em Passo Fundo, será o próximo palestrante do tradicional almoço Tá Na Mesa, da Federasul. O encontro será na próxima quarta-feira e terá como tema principal A Transição Energética: Desafio ou oportunidade?

Fundada em 2005, a Be8 é uma das principais empresas de energia renovável do Brasil, com operações também em Genebra (Suíça) e Dubai (Emirados Árabes Unidos). _

A Privacy Tools, startup gaúcha especializada em proteção de dados, foi selecionada para integrar a missão oficial do governo brasileiro à NextRise 2025, uma das principais feiras de inovação da Ásia. O evento ocorre entre hoje e amanhã em Seul, capital da Coreia do Sul.

INFORME ESPECIAL 

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