
Agora, a guerra é entre dois países, e isso muda tudo
A guerra no Oriente Médio atingiu um novo e perigoso patamar, com a ofensiva direta de Israel ao Irã, país que financia grupos terroristas como o Hamas, o Hezbollah e os Houthis. A diferença em relação aos ataques cirúrgicos que vinha realizando é que, desta vez, é um bombardeio de um Estado contra outro Estado - e não contra líderes extremistas, como no passado.
A grande pergunta que o mundo se faz, neste momento, é: quais as chances de a guerra ganhar proporções regionais ou, mesmo extrapolar, o Oriente Médio.
Poucas. A facilidade com que os caças israelenses ingressaram no espaço aéreo iraniano demonstra o quanto as defesas do regime estão fragilizadas. O mérito nesse caso é totalmente de Israel, que, antes de começar a onda de ataques que decapitou o comando da Guarda Revolucionária e das forças armadas infiltrou, por trás das linhas inimigas, comandos que sabotaram os sistemas antiaéreos.
Os aviões iranianos ficaram no chão, baterias de foguetes explodiram tão logo os primeiros mísseis despencavam sobre Teerã e Natanz, onde fica a principal instalação de enriquecimento de urânio dos aiatolás.
Em outubro, Israel já havia destruído grande parte da capacidade de defesa aérea do Irã, incluindo baterias de mísseis S-300 de fabricação russa.
A resposta iraniana imediata foi despejar cem drones sobre Israel - um número bem reduzido em relação a ações anteriores (400 drones chegaram a ser disparados no ano passado). A onda recente de mísseis balísticos, mais difíceis de serem detectados pelo Domo de Ferro, foi pesada, mas não chegou ao nível de saturação do ano passado. Em 2024, pelo menos 20 mísseis iranianos conseguiram atingir o alvo devido à falta de interceptores.
Ambos os países têm trabalhado arduamente para reabastecer seus estoques de mísseis em antecipação a mais combates.
Grande número de bases
O apoio dos EUA a Israel é o ponto de desequilíbrio na balança. O país tem um grande número de bases na região e deslocou novos navios de guerra para a costa de Israel, como dissuasão.
Sem poder contar com a Rússia (mais preocupada com a Ucrânia), o Irã deve tentar utilizar seus tentáculos para atingir alvos mais vulneráveis e ao alcance de terroristas, como embaixadas ou unidades militares americanas em países como Jordânia e Líbano, por exemplo. Israel diz estar em guerra, mas que o objetivo não é mudança de regime no Irã, que, por sua vez, também afirma que está em guerra.
As próximas horas ditarão o rumo que a crise irá tomar. Mesmo que não se espalhe por toda a região, um conflito agora entre dois países tem potencial devastador. _
O adeus a um dos últimos quatro pracinhas da 2a Guerra
Morreu nesta sexta-feira, aos cem anos de idade, o tenente Oudinot Willadino, um dos quatro últimos veteranos gaúchos da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que participaram dos combates da 2ª Guerra Mundial. Willadino participou de batalhas como as conquistas de Monte Castello e Montese.
Natural de Santa Maria, Willadino residia em Caxias do Sul quando se alistou como voluntário no Exército Brasileiro. Durante o conflito, serviu como soldado atirador em um dos pelotões de fuzileiros das tropas brasileiras que atuaram na Campanha da Itália.
Após a guerra, Willadino não deu continuidade à carreira militar, sendo dispensado do Exército logo após seu retorno ao Brasil. Nos últimos anos, o veterano morava em Porto Alegre. _
Wagner Moura ganhará indenização do MBL
O Movimento Brasil Livre (MBL) foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil ao ator Wagner Moura por danos morais. A decisão, unânime, foi proferida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O caso, que se arrastava há anos, foi conduzido pelo advogado gaúcho, natural de Porto Alegre, Fabiano Machado da Rosa.
Tudo começou em 30 de março de 2016, quando o MBL publicou em sua página no Facebook uma foto de Wagner Moura acompanhada da seguinte mensagem: "Quanto custa o seu governismo? Wagner Moura, captando R$ 11,5 milhões pela Lei Rouanet, fará vídeos defendendo o governo Dilma". A imagem ainda trazia uma marca d?água com os dizeres: "Selo Rouanet de Governismo".
Porém, esta não é a primeira vez que o MBL é condenado a indenizar artistas. Em março de 2024, a Justiça do Rio homologou um acordo no qual o grupo pagou R$ 15 mil ao músico Tico Santa Cruz por danos morais, após chamá-lo de "racista" em publicações.
Em 2022, o movimento também foi condenado a pagar R$ 50 mil ao humorista Gregório Duvivier. Na ocasião, em junho de 2016, o MBL havia divulgado uma imagem que reunia Duvivier, Wagner Moura e Tico Santa Cruz sob a frase: "Chega de Lei Rouanet. Acabou a mamata".
Os dois outros casos também foram conduzidos pelo advogado Fabiano Machado da Rosa. _
Geneticista gaúcho receberá prêmio internacional
O médico geneticista e professor titular de Genética da UFRGS, Roberto Giugliani, recebeu o Prêmio Guthrie - ISNS-Revvity de 2024, a mais alta distinção mundial na área de triagem neonatal.
O prêmio anual é da International Society of Neonatal Screening (ISNS) e reconhece profissionais com grandes contribuições para o avanço da triagem neonatal no mundo. A entrega oficial da premiação ocorrerá em 2026.
Giugliani é referência internacional em doenças raras, cofundador e diretor da Casa dos Raros, em Porto Alegre, e head de Doenças Raras da Dasa Genômica. Lidera diversos projetos no país que têm o objetivo de ampliar a triagem neonatal proporcionada pelo SUS.
Na sua trajetória, em 1982, criou a Unidade de Genética Médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, pioneira na introdução do teste do pezinho no Estado em 1984. Antes dele, outro brasileiro havia recebido o prêmio: o professor Benjamin Schmidt, pioneiro da triagem neonatal no Brasil. _
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