quinta-feira, 19 de junho de 2025


19 de Junho de 2025
ACERTO DE CONTAS

Súper com nova marca

Ao menos dois supermercados Nacional não serão fechados pelo Carrefour, que os comprou em 2022 com o Grupo Big. Porém, deixarão de ter a marca. As lojas de Guaíba e Barra do Ribeiro serão transformadas em Carrefour Bairro.

Advogado do Sindicato dos Empregados no Comércio de Guaíba, Lucas Barbosa conta que o grupo francês confirmou à entidade a transformação. A reforma já começou. Letreiros antigos estão sendo retirados e mais funcionários começaram a ser contratados. _

Pílulas

Cerca de 180 trabalhadores terceirizados da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, estão em greve por falta de pagamento pela LCD Engenharia, contratada para ampliar a portaria. O mesmo ocorre em outras refinarias da Petrobras, que garante não atrapalhar a parada de manutenção nem a operação da refinaria, que domina o fornecimento de combustíveis no RS.

O fechamento de uma grande loja da operadora Claro chama a atenção na Avenida 24 de Outubro, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. O letreiro foi retirado. A empresa precisou devolver ao dono o prédio alugado e pretende reformar a loja do Moinhos Shopping, onde instalará um quiosque.

POLÍTICA MONETÁRIA

Banco Central eleva juro básico para 15%

Copom adota decisão unânime no aumento de 0,25 ponto percentual. Patamar atual é o maior desde julho de 2006. Colegiado indica também que pode interromper o ciclo a partir da próxima reunião, no fim de julho, mas não descartou elevar a taxa no caso de a inflação avançar

Mesmo com a desaceleração recente da inflação, as incertezas em relação à economia fizeram o Banco Central (BC) elevar os juros pela sétima vez seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juro básico da economia, em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano.

Trata-se do maior patamar desde julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando a Selic estava em 15,25% ao ano e foi cortada para 14,75%.

Em comunicado, o Copom informou que deverá manter o juro em 15% nas próximas reuniões, enquanto observa os efeitos do ciclo de alta da Selic sobre a economia. No entanto, não descartou mais altas, caso a inflação suba. O próximo encontro do Copom é em 29 e 30 de julho.

"Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta", destacou o texto.

Desde setembro, o BC já aumentou a Selic em 4,50 pontos, o segundo maior ciclo de alta dos últimos 20 anos - perdendo apenas para a alta de 11,75 pontos entre março de 2021 e agosto de 2022, que ocorreu após o fim da pandemia.

A Selic é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o indicador desacelerou para 0,26%, mesmo com a pressão de alguns alimentos e da conta de energia. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação.

Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5%, e o superior é 4,5%. No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. No comunicado, o Copom citou incertezas do cenário econômico externo e expectativas de inflação acima da meta.

Em reação à nova alta do juro básico, o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, afirmou que "já tarda o tempo de reduzir os juros", mas ponderou que é necessário criar condições fiscais para que isso aconteça:

- É fundamental que o ajuste das contas públicas se dê por meio da redução e racionalização dos gastos, e não pelo caminho do aumento de receitas.

Para a Força Sindical, o aumento da Selic demonstra "irresponsabilidade social e coloca mais amarras na produção e geração de empregos no país". 

Giane Guerra

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