31
de janeiro de 2015 | N° 18059
ARTIGOS
- HUMBERTO CÉSAR BUSNELLO*
INOVAR NA GESTÃO PÚBLICA É
PRECISO
O
ano que agora vê seu primeiro mês chegar ao fim trouxe consigo uma série de
importantes desafios, sobretudo para o Rio Grande do Sul. Em 2014, tivemos a
real dimensão dos problemas enfrentados pelo nosso Estado, especialmente de
ordem financeira. Desse modo, gerir as contas públicas de maneira mais eficaz é
uma ação que pede urgência por parte do governo. As medidas adotadas pelo
governador José Ivo Sartori nos primeiros 30 dias de governo mostram com
clareza este cenário, em uma tentativa de recuperar o fôlego para possibilitar
novos investimentos.
Não
à toa, quando a Agenda 2020 selecionou sete áreas prioritárias para o
desenvolvimento do RS, a Gestão Pública foi a pasta de maior destaque,
considerada fundamental para que as outras seis pudessem alcançar os seus
objetivos. Hoje, para cada R$ 100 de receita corrente do Estado, R$ 50 são
gastos com despesas fixas, enquanto outros R$ 62 são utilizados em demais
vinculações, deixando um potencial déficit de R$ 12.
É
preciso entender que, independentemente das causas que nos levaram a essa
conjuntura, para modificar esse ambiente de crise fiscal são necessárias
medidas que promovam alterações de cunho estrutural no Estado. Não são ações de
fácil implementação, mas que, de acordo com nosso movimento, podem interromper
o ciclo de insegurança financeira que acompanha os gaúchos.
Entre
os objetivos descritos no Mapa Estratégico e no Caderno de Propostas da Agenda
2020, estão o aumento da capacidade de investimento, a redução da carga
tributária, a modernização e o aumento da eficiência da gestão pública com
adequação ao tamanho do Estado e, por fim, a garantia da transparência nos
cofres públicos através de um sistema de monitoramento disponível para todos os
gaúchos.
Uma
vez cumpridas essas metas, a sociedade rio-grandense será a grande beneficiada.
Porém, para atingirmos tais objetivos, é essencial que os gestores enfrentem o
desequilíbrio nas contas, reorientando a estrutura das despesas e receitas e
reorganizando a forma de gestão. gestão.
*PRESIDENTE
DO CONSELHO SUPERIOR DA AGENDA 2020