sábado, 5 de abril de 2014


05 de abril de 2014 | N° 17754
MEDICINA

CORPO SÃO, ESPÍRITO SÃO

Manter o equilíbrio entre as dimensões biológica, emocional e espiritual é o desafio perseguido pela médica homeopata Ana Rosa e de sua filha, a bióloga e estudante de Psicologia Aline, tanto na rotina de trabalho quanto na vida pessoal.

As duas concordam que, para tratar da saúde na integralidade, é impossível deixar de lado as crenças espirituais – no caso delas, a doutrina espírita.

A busca de respostas para questões existenciais e a vontade de compreender comportamentos próprios e externos faz com que as duas frequentem a psicoterapia e participem, semanalmente, de sessões em centro espírita. Como trazem na carga genética um componente para a depressão, mãe e filha também costumam consultar com psiquiatra e tratam o problema específico com medicação.

Como médica, Ana considera muito ortodoxa a visão de seus colegas a respeito do tema. Segundo ela, é importante que os profissionais da saúde saibam perguntar sobre as crenças e valores dos pacientes, pois isso pode ser determinante nos componentes do tratamento:

– Um paciente em doença terminal pode se apoiar na fé para aceitar melhor sua condição. Nem sempre sairá curado, então, a fé pode ser uma forma de aceitar a doença de forma menos dolorosa.

Para elas, a sensibilidade espiritual é como uma ferramenta que pode ser usada em favor da própria evolução. Ana acredita que as pessoas querem comprovações científicas, mas há muitas questões não materiais que ainda não se pode comprovar de forma material. Para Aline, a fé é fundamental, mas não deve ser o único fator da cura em casos de desequilíbrio orgânico ou psíquico. Por isso, considera importante equilibrar quimicamente o corpo e espiritualizar a alma.


ENTREVISTA CLAUDE ROBERT CLONINGER PSIQUIATRA E GENETICISTA NORTE-AMERICANO DA WASHINGTON UNIVERSITY