31
de maio de 2014 | N° 17814
NÍLSON
SOUZA
DIÁRIO DE UM
CONTADOR
Termo
de abertura – Contém o presente texto 1 (uma) página tipograficamente numerada,
compondo o diário único do autor acima identificado, residente nesta cidade e
neste Estado, com seu contrato emocional arquivado na Junta Confidencial sob
número indefinido, inscrito no CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jornalística)
sob número racional, ou irracional, tanto faz.
Brinco
com a terminologia da profissão que não exerci, pois muito cedo troquei a Contabilidade
pelo Jornalismo. Mas foi o curso técnico daquela escola pública de periferia
que me capacitou a enfrentar o vestibular e a concluir a universidade. Confesso
que nunca preenchi completamente os livros Diário e Razão, que são as bíblias
da Contabilidade. Mas aprendi a fazer registros e lançamentos contábeis, a
fechar balancetes e balanços, a calcular receitas e despesas, a identificar
ativos e passivos – e me tornei um contador de histórias.
Pois
a história que conto hoje é também um registro imensurável de agradecimento.
Neste sábado, estarei na Escola Municipal de Educação Básica Dr. Liberato
Salzano Vieira da Cunha, no bairro Sarandi, que está completando 60 anos de
existência. Lá, eu e outros ex-alunos estaremos celebrando a bênção de termos encontrado
na nossa juventude uma porta aberta para o conhecimento, colegas para sempre e
mestres dedicados, aos quais homenagearemos na pessoa do extraordinário
professor Harry Rodrigues Bellomo.
Volto
ao meu imaginário livro Diário.
Termo
de encerramento – Contém o presente registro 1 (uma) página tipograficamente
numerada, compondo o diário de saudade e gratidão deste escriba pelas lições,
pelo carinho e pelas amizades que encontrou na sua antiga escola.