quarta-feira, 28 de maio de 2014


28 de maio de 2014 | N° 17810
DESENVOLVIMENTO RANKING ESTADUAL

BEM SITUADO, RS SÓ PRECISA AVANÇAR

NOVO INDICADOR desenvolvido em parceria entre ZH e PUCRS mostra que Estado fica em quarto lugar desde 2005. Está bem, mas evolui em velocidade inferior à média

Com foco na vida real e formato simplificado, um novo índice de desenvolvimento é lançado como resultado de parceria entre Zero Hora e PUCRS, com apoio institucional da Celulose Riograndense. Chamado de Índice de Desenvolvimento Estadual-RS (iRS), o indicador mede o desempenho dos Estados em três dimensões: padrão de vida, educação e, reunidos, longevidade e segurança. O objetivo da iniciativa é contribuir para o debate sobre a situação atual do Estado e as melhores alternativas para avançar.

O resultado geral mostra o Rio Grande do Sul em quarto lugar no Brasil, posição mantida de 2005 a 2012, enquanto outras unidades da federação avançaram. Olhando cada uma das dimensões, o Estado fica em segundo lugar em longevidade e segurança, em quinto em padrão de vida e em oitavo em educação.

Coordenado pelo economista Ely José de Mattos, professor da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia (Face-PUCRS), o trabalho começou há cinco meses, tendo como base o mesmo referencial teórico do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – lançado na década de 1990 como um contraponto a medidores que até então levavam em conta apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.

No processo de criação do iRS, partiu-se do princípio de que a nova ferramenta deveria ser transparente, de fácil compreensão e conectada ao dia a dia dos cidadãos, e não focada nas instituições ou no poder público. O resultado é um indicador capaz de traduzir a realidade socioeconômica da população, de forma concreta e sem a necessidade de fórmulas complicadas.

– A maioria dos índices existentes tem dezenas de variáveis. Isso complica o entendimento. É como fazer um suco com 30 frutas e, ao beber, não conseguir discernir o gosto de nenhuma. Partimos da ideia de que é possível explicar os fenômenos de forma simples, sem perder a exatidão. Foi o que fizemos, com critérios claros e dados oficiais de fácil acesso – afirma Mattos.


Cada uma das dimensões do iRS tem, no máximo, três variá- veis. A partir delas, é possível obter um panorama geral sobre a situação de cada Estado e, ao mesmo tempo, examinar os desdobramentos por área. Nas páginas que se seguem, entenda como o índice é calculado, quais são as fontes adotadas e confira, em detalhes, os principais resultados da pesquisa, que será atualizada anualmente.