sábado, 24 de maio de 2014


24 de maio de 2014 | N° 17806
PAULO SANT’ANA

Vem aí mais inveja

Atenção, meus leitores, notícia espetacular: os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Uruguai, Pepe Mujica, telegrafaram-me pedindo que eu marque um jantar em palácio com cada um deles, querem me conhecer em razão do vasto sucesso que foi meu jantar com Dilma.

A onda Pablo começa a se espalhar por todo o Cone Sul.

Espero que esse contágio internacional não me traga mais problemas com os invejosos, que não toleram que eu seja recebido por cinco horas por uma presidente.

O presidente Mujica me jura que só ocupará quatro horas comigo em seu jantar.

E a presidente Cristina Kirchner jura que não tomará mais que três horas do meu tempo, salvo alguma prorrogação oriunda de seu encantamento durante o tempo original.

Destas vezes, depois do pito que me passou aquele invejoso, irei às duas audiências despido de qualquer vaidade.

Vocês sabem da história do português que vinha caminhando pela calçada e viu, 10 metros à sua frente, uma casca de banana no chão.

O português não parou de andar e disse: “Ih, mais um tombo”.

Assim sou eu, vou para duas visitas com os presidentes da Argentina e do Uruguai, pensando comigo: “Ih, mais dois jantares presidenciais”.

E mais e mais invejosos!

Já está à venda nas livrarias a obra Coligay – Tricolor e de todas as cores, de autoria de Léo Gerchmann.

A Coligay foi uma torcida organizada do Grêmio formada só por gays nos anos 70.

No livro, o autor salienta que este colunista já era precursor, àquele tempo, na tarefa de tornar popular e aceita a Coligay, que, é lógico, lutava contra pruridos homofóbicos.

A Coligay, pois, teve grande importância social.

O justo seria, para os aposentados que recebem proventos acima do salário mínimo, que fossem reajustados com a mesma percentagem que é concedida aos que ganham o mínimo.

Caso contrário, verifica-se o que vem acontecendo e é profundamente cruel: cada vez mais, vão diminuindo os ganhos dos aposentados que recebem acima do mínimo.


Até que, em alguns anos, eles vão fatalmente ganhar também o mínimo.