09 de outubro de 2014 | N° 17947
ECONOMIA | Marta Sfredo
No mood da moody’s
Em dia de montanha russa na bolsa, voltaram a
se cruzar declarações, informações e boatos. Um comentário sobre a situação do
Brasil, lançado ontem pela agência de classificação de risco Moody’s foi o
primeiro modulador de humor.
A Moody’s, que surpreendeu ao rebaixar a
perspectiva – não a nota – da dívida brasileira no mês passado, deu uma
desafinada no coro ao afirmar que uma mudança da nota (rating) de crédito do
Brasil não depende de quem seja eleito para o Planalto.
A agência afirma que o ambiente recessivo e a
deterioração das métricas fiscais sugere que o próximo governo vai enfrentar
desafios significativos. Mesmo expondo o óbvio – que ainda há pouca clareza nas
propostas apresentadas tanto por Aécio Neves (PSDB) quanto por Dilma Rousseff
(PT) –, a nota da agência deu uma balançada na euforia do mercado.
Mesmo num dia de más notícias para a candidata
à reeleição – a inflação acumulada em 12 meses chegou a 6,75%, bem acima do
teto da meta que será cobrada do Banco Central (BC) –, a aparente isenção da
Moody’s contribuiu para mudar o mood (humor, disposição, em inglês).
Mas a virada do vento também teve um sopro de
rumores, desta vez envolvendo a posição dos candidatos na pesquisa. Animada com
ata do encontro mais recente do Federal Reserve, que garantiu a manutenção do
juro baixo nos Estados Unidos por “período considerável”, a bolsa reduziu as
perdas, mas ainda fechou com baixa de 0,66%. Deu pra muita gente garantir na
conta os ganhos das últimas altas.
COMPRAS EM CLICS
Embora favorecido pelos preços em conta e
facilidade de compra, o e-commerce ainda pode ganhar espaço no mercado gaúcho,
conforme mostra levantamento feito pela Conversion, empresa especializada no
setor.
A pesquisa mostra que o Rio Grande do Sul é
responsável por apenas 4,3% da receita de e-commerce no país, enquanto São
Paulo, por exemplo, responde por 44,9%.
Apesar da diferença, a taxa de conversão
(quantidade de produtos que são efetivamente comprados, e não apenas
selecionados nos portais online) dos dois Estados é semelhante: 1,2% em São
Paulo e 1,4% no Rio Grande do Sul (confira outros números acima no gráfico).
O estudo da Conversion foi feito ao longo de 12
meses, com dezenas de lojas virtuais dos mais diversos segmentos de mercado. O
levantamento aponta previsão de faturamento do setor neste ano de quase R$ 40
bilhões.
Móveis na tela
A venda por meio de e-commerce também já é
estratégia do setor moveleiro. A taxa de conversão média nas vendas do segmento
pela internet é de 2,53%, maior do que a média do Rio Grande do Sul. De forma
geral, o tíquete da categoria chega a R$ 450.
Para aprofundar o tema, o Sindmóveis convidou a
diretora do E-commerce Brasil, Vivianne Vilela, para falar sobre os desafios do
setor no varejo online, no próximo dia 13, em Bento Gonçalves.
A rede gaúcha de vestuário feminino Rabusch
segue em expansão. Depois de inaugurar duas lojas, a segunda em Santa Maria e
outra em Camaquã, em setembro, neste mês abrirá a segunda franquia em Natal
(RN) e a primeira no litoral gaúcho, em Capão da Canoa. A Rabusch encerrará o
ano com 44 lojas em operação, 24 próprias e 20 franqueadas. Para 2015, estão
previstas 10 novas operações.
MULTIMÍDIA
E-commerce no Brasil em 2014*