19
de novembro de 2014 | N° 17988
PAULO
SANT’ANA
Petrobras, a joia da coroa
Se
me fosse dado 1% do montante dos escândalos financeiros que a Polícia Federal
está descobrindo só na Petrobras, eu estaria bilionário.
Escrevo
isso só para que os leitores tenham ideia do volume de corrupção reinante na
Petrobras. Era tão grande, que é difícil imaginar que não haja qualquer diretor
ou ex-diretor da Petrobras envolvido.
E
anteontem foi divulgado que o escândalo não é privativo da Petrobras, existem
outros escândalos em outras estatais e em ministérios do atual governo. Ou
seja, o Brasil se corrompeu de vez.
Como
disse anteontem a presidente Dilma, no governo existem os escândalos engavetáveis
e os escândalos inengavetáveis. Felizes, portanto, daqueles que se corromperam
nos escândalos engavetáveis, vão poder gastar à tripa forra e impunemente o que
faturaram em suas corrupções sem serem molestados.
É muito
dinheiro e é impossível afirmar que os andares acima da Petrobras não estejam
envolvidos.
A
corrupção generalizou-se, e os corrompidos dividem-se hoje em dois grupos
principais: os que deixaram suas impressões digitais nos escândalos e os que não
as deixaram. Mas, se tudo for bem investigado, todos podem ser punidos.
Resta
uma grande pergunta: a corrupção na Petrobras data do atual governo ou remonta
ao governo de Lula, de Fernando Henrique e de seus outros antecessores.
Em
suma, desde quando estão mamando nas tetas gordas da corrupção que jorrava na
Petrobras? Desde quando?
E o
pobre povo brasileiro pagando a corrupção desse rebanho de corruptos.
Interessante
é que, até a erupção deste monumental escândalo, a Petrobras era uma vestal de
manto intocável.
Agora,
não passa de uma reles prostituta. Basta ter trabalhado ou estar trabalhando na
Petrobras para ser suspeito.
A
teta é muito gorda e farta de leite nutritivo.
Mas
tem muita gente envolvida que ainda não teve sua corrupção revelada pelas
investigações.
Sim,
porque agora também começa a fase de abafamento dos escândalos e das autorias.