19
de junho de 2015 | N° 18199
DESENVOLVIMENTO
RANKING ESTADUAL
AVANÇO
EM RITMO LENTO
INDICADOR
DESENVOLVIDO POR ZH E PUCRS mostra que Rio Grande do Sul mantém quarta posição
entre Estados brasileiros. Principal avanço foi na qualidade da educação
O
Rio Grande do Sul segue no pelotão de frente dos Estados mais desenvolvidos do
país, mas vem perdendo fôlego ano a ano frente às demais unidades da federação,
aponta o Índice de Desenvolvimento Estadual – Rio Grande do Sul (iRS).
Divulgado na manhã de ontem em evento realizado na sede do Grupo RBS, em Porto
Alegre, o indicador mostra que o RS permaneceu em quarto lugar no levantamento
referente a 2013, mas viu a distância para o terceiro colocado – Santa Catarina
– aumentar e já sente nos calcanhares a presença do Paraná, que agora ocupa a
quinta posição.
Desenvolvido
em parceria por Zero Hora e PUCRS, com apoio institucional da Celulose
Riograndense, o indicador, lançado em 2014, mede o desempenho de todos os
Estados e do Distrito Federal em três dimensões: padrão de vida, educação e,
reunidos, longevidade e segurança. Com foco na vida real e formato
simplificado, o índice tem o mesmo referencial teórico do Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) – lançado em 1990 como contraponto a levantamentos
que levam em conta apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.
Em
2013, ano dos dados mais recentes disponíveis, o Rio Grande do Sul evoluiu nas
três dimensões pesquisadas. Mas o ritmo de avanço foi o fator determinante para
conquista ou perda de posições no ranking de cada indicador.
O
mais emblemático foi em longevidade e segurança, que mede a expectativa de vida
e o grau de violência ao qual as pessoas estão expostas. Apesar de evoluir 1,5%
nesse indicador, o Estado caiu para terceira posição pela primeira vez desde
2005, início da série histórica – na época do lançamento, há um ano, os dados
anteriores foram computados para permitir a avaliação do avanço. Foi
ultrapassado por Santa Catarina, que experimentou redução um pouco maior nas
taxas de mortes violentas (em acidentes de trânsito e homicídios) – seu
indicador avançou 7,2%.
– O
resultado final mostra desempenhos muito semelhantes entre Estados de uma mesma
região – afirma o economista José Ely Mattos, professor da PUCRS e coordenador
do iRS.
PADRÃO
DE VIDA NÃO MUDOU ENTRE LÍDERES
Nenhum
Estado foi tão bem quanto o Paraná, que melhorou 8,3% seu índice consolidado em
2013, embalado pela queda expressiva no número de homicídios. O bom desempenho
foi responsável pelo salto do sétimo para o quinto lugar no ranking geral.
A
melhora mais visível do Rio Grande do Sul ocorreu na variável educação, na qual
o Estado subiu uma posição, chegando ao sétimo lugar. Recuperou o terreno
perdido desde 2010, deixando o Espírito Santo para trás. No que se refere ao
padrão de vida, que mede o bem- estar relacionado ao conforto oferecido por
bens materiais, houve poucas alterações no índice. Os cinco Estados mais bem
colocados no ranking mantiveram a posição, com o RS em quinto lugar.