sexta-feira, 16 de maio de 2014

Jaime Cimenti

Estou em crise, rezem por mim!

Tenho passado por crises, como vocês. Normal, né? Mesmo para mim, o todo poderoso-poderoso criador do Universo. Me dá um Rivotril. As pessoas e o planeta andam, para variar, tumultuados. Tem horas que quero ir para Marte, para a Lua ou para o Uruguai. Contudo, vou levando, mantendo o bom humor.

Sempre fui bem-humorado, ao contrário da maioria de vocês, pobres mortais, que vivem mais pensando, encucando e refletindo do que rindo, o que é  pena. Tem horas que já não sei quem sou, de onde vim e para onde vou, tipo vocês. Sei lá se tenho personalidade múltipla. Sou complexo, isso não posso negar, tenho infinitas nuances. Sou muitos, demais, mas sou um.

Mas e quem foi que disse que precisamos de respostas definitivas para estas e outras perguntas? Filosofar sempre foi mais perguntar do que responder. Isso até para graves filósofos alemães, com suas profundidades abissais e para palavreantes, pós-modernos filósofos franceses, com seus lindos castelos de palavras. Nenhuma novidade debaixo do sol, desde as cavernas, os egípcios, os gregos e os romanos. Mistérios sempre existiram. É bom assim. Mistério é existir quem pense no mistério, disse Fernando Pessoa, do alto dos mistérios da poesia. Ciência, arte, fé e tudo mais devem dar as mãos e dançar no baile holístico mundial. A parte está no todo, o todo está na parte.

Cada um deve acreditar no que quiser, mas pegando leve com os outros. Uns até acreditam em nada, o que não deixa de ser uma crença. Uns acreditam em mim, o Criador, outros no tal big bang, mas aí as perguntas: quem veio primeiro? Quem me criou? Quem criou a pedra do big bang? Complicado, né? Vai saber! Melhor a paz, o humor, a saúde, dar um tempo. Ter muita esperança e incontáveis risos e sorrisos.

Aqui, nos céus, sobretudo, sou um humor. Acredito em mim, em vocês e no mundo, apesar do que andam fazendo com os bichos, os macacos, as bananas, as florestas e as relações humanas. Não me arrependo do que criei em seis dias. Aprendi que eu, vocês e o mundo estão em permanente construção, uma obra em andamento, work in progress, se quiserem falar bonito, bem Nova Iorque. Ajudem-me, rezem por mim, não importa de qual religião vocês sejam ou se de nenhuma. Estamos na mesma barca globalizada. Não desce, D’Alessandro !


O Inter te ama. Ah, para descontrair, conto a velha piada do cunhado do Adão.  Na festa à fantasia, ele foi vestido de Adão. Mas, ao invés de usar a folha de parreira, ele usou uma baita folha de bananeira.... sabem como ele é, né? Queridos, fiquem comigo, estamos juntos. Vos abençôo, com muito amor e humor. Obrigado, Jaime por receber e passar a mensagem.