10
de dezembro de 2014 | N° 18009
PAULO
SANT’ANA
Uma desordem
antiga
Com
a ajuda do leitor Flávio Humberto Ruas, estou lançando um apelo às autoridades
para que seja imediatamente resolvido um grave problema de trânsito e de
metabolismo de Porto Alegre que vem se verificando e continuará a se verificar
em nossa cidade.
Só
um exemplo: anteontem, segunda-feira, pouco mais de cem pessoas trancaram o
trânsito nas proximidades da estação rodoviária, das 8h às 12h, longas quatro
horas.
Havia,
entre os veículos impedidos de circular pela barreira imposta pelos
manifestantes, ambulâncias com pessoas doentes e táxis transportando doentes e
inválidos no rumo de hospitais. Algumas entre essas pessoas corriam risco de
vida com a longa paralisação.
Além
disso, é óbvio que milhares de trabalhadores e estudantes ficaram impedidos de
chegar aos seus destinos em face da manifestação, que continha um protesto
singelo: os manifestantes trancavam o trânsito inteiro em grande parte da
cidade por um protesto que visava ao seu direito de moradia.
Houve,
durante as quatro horas, longos engarrafamentos nas avenidas e ruas da região
e, por consequência, em outras centenas de vias da cidade.
Ora,
se esse grupo estava protestando na rua durante uma manhã inteira de
segunda-feira, por óbvio não estava trabalhando, ou melhor, seus integrantes
não trabalham. E até o Flávio Humberto Ruas conclui que essas pessoas que
obstruem o trânsito não têm moradias porque não trabalham. E Flávio diz que é
constituído de vagabundos e ociosos esse grupo de protestantes.
Há
muito tempo que esta coluna luta para que ninguém tranque o trânsito em nome de
direitos que nada têm a ver com o trânsito.
E
qualquer grupo de ociosos sente-se no direito de prejudicar toda a comunidade
com paralisação total do trânsito.
Se
ainda permitissem que uma fila andasse, mas não, a trancação é geral.
É
preciso que as autoridades ponham um fim a esses verdadeiros colapsos de
circulação de pessoas e veículos na cidade durante o protesto por
reivindicações, muitas das quais não legítimas.
Quando
é que vai acabar isso? Segunda-feira foi um inferno, vagabundagem e desordens
triunfantes diante da cidade inerme, estupefata e indefesa.
Vão
parar com isso, seus vadios!
A
polícia tem de ser chamada imediatamente para dispersar esses tranca-trânsito
que esculhambam a cidade há anos.
Pois
há anos esta coluna reclama contra isso!