sábado, 3 de janeiro de 2015


04 de janeiro de 2015 | N° 18032
PAULO SANT’ANA

O domínio da Terra

Sempre fui um atento leitor sobre tudo que se refere à II Guerra Mundial.

Isso encorajou-me a fazer nesta coluna um despretensioso ensaio sobre como foram possíveis o surgimento e a desenvoltura de Adolf Hitler nas rédeas alemãs.

A pergunta-chave desta questão é se Hitler, com sua índole belicista, se encorajou sozinho a arremessar a Alemanha contra o resto do mundo – ou a vocação tradicionalmente bélica alemã foi que fez surgir das entranhas da pátria nazista um movimento que pretendia conquistar o mundo pelas armas.

Ian Kershaw, sem dúvida o maior biógrafo de Hitler, em seu grosso volume de 1.077 páginas, que li por inteiro, tentou responder a essa pergunta.

Em vão. O que aquela monumental obra acabou por realizar foi semear ainda maiores dúvidas sobre essas indagações.

Muita gente não sabe que Hitler era austríaco. E o menino Adolf, filho de um funcionário público, acabou por sair da Áustria para tentar dominar o mundo, mas via Alemanha.

Como chegou até lá e o seu trágico fim o mundo inteiro o soube: suicidou-se com sua amante Eva Braun em Berlim, pondo fim assim à guerra mundial.

Mas o que me fascina e intriga na história de Hitler é se foi ele que levou a Alemanha à suprema loucura da guerra ou se foi o intrínseco genoma bélico alemão o fator decisivo para Hitler jogar a Alemanha no despenhadeiro.

Lendo a história de Hitler, quase posso afirmar que os dois fatores se combinaram: Hitler precisava de uma Alemanha industrial e bélica para desenvolver seu projeto e, por sua vez, a Alemanha tinha de ter um grande líder que a arremessasse para o sonho alemão de domínio mundial.

Foi assim que do ventre austríaco-alemão brotou o fruto podre de Hitler sem que ninguém jamais o tivesse abortado.

O fato é que sem dúvida nenhum outro homem como Hitler empreendeu tão vastamente a conquista da Terra, nem Átila, nem Gengis Khan, nem César.

Ele foi talvez o maior estrategista militar entre os terrenos. Teve o mesmo fim, talvez mais trágico, que seus antecessores na ambiciosa tarefa de conquistar a Terra com uma campanha, exceção talvez aos Estados Unidos, que dominam o planeta manejando uma simples moeda, o dólar.

MEUS LEITORES
Sobre “O céu de Punta”, publicada em 28/12/2014

Sr. Paulo Sant’Ana

Estou escrevendo esta crítica porque não concordo com o que o senhor falou de Punta del Este. Primeiro acho que as águas de Punta del Este não são nada geladas, e os turistas que mergulham lá mergulham porque gostam, eles não se importam se a água é quente, gelada ou morna. Acho que o senhor é um ignorante por ter falado que não há um negro ou negra em Punta del Este. Posso saber de onde o senhor tirou esse dado? Usualmente não leio suas críticas porque tenho 12 anos, mas, como a minha mãe ficou tão indignada, resolvi ler, e achei uma idiotice atrás da outra. Quando o senhor deixar de se trancar em um cassino e comer pêssegos doces verá que Punta del Este vai além das suas observações. Por último, sugiro-lhe visitar o Museu do Mar, que explica toda a história de Punta del Este.

RODRIGO NOCCHI GUERRA

Resposta:

Rodrigo, você tem apenas 12 anos, ainda tem muito que aprender, como eu aprendi. Mas está no rumo certo, discordando de mim. O maior negócio do mundo, atualmente, é discordar de mim.

O MELHOR DE MIM

(Pensamentos extraídos do meu arquivo de colunas:)

O tédio é irmão gêmeo da rotina. A tristeza é irmã gêmea da mesmice. Para sair deles e não se deixar arrastar para a depressão, na maioria das vezes é preciso a coragem de mudar.

A memória é que mantém o homem preso a sua vida .

É preciso provocar momentos felizes, cavoucar nas circunstâncias da gente.


A felicidade consiste na coletânea e recordação de grandes momentos, de instantes de rara alegria, de passagens de imorredouro encantamento.