sábado, 26 de agosto de 2023


26 DE AGOSTO DE 2023
INFORME ESPECIAL

Jardim Lutz

Primeiro, chegaram as cactáceas, as suculentas e as plantas de banhado. Depois, a coleção foi se diversificando: ganhou frutíferas, bromélias, orquídeas, cicas e até mudas de café e pau-Brasil. São mais de 200 plantas, distribuídas em vasos, pergolados e antigas banheiras de ferro. Tudo isso no topo de um prédio (fotos), em pleno centro de Porto Alegre.

Ali, não há linhas geométricas nem canteiros homogêneos podados em estilo europeu. Tudo é rusticidade e biodiversidade. Não é um jardim convencional. É o Jardim Lutzenberger.

Em 2023, esse oásis urbano de estética singular completa duas décadas no terraço da Casa de Cultura Mario Quintana, em um feliz encontro entre dois poetas - um, das palavras, o outro, da natureza.

Lutz, como ficou conhecido José Antonio Lutzenberger, inaugurou o debate ecológico no Brasil de 1970. Foi voz enérgica, ativa e combativa, alertando para o "fim do futuro". Emergência climática e aquecimento global não faziam parte do léxico comum. Progresso era sinônimo de devastação, e os recursos naturais eram apenas isso: recursos infinitos.

Lutz jamais se conformou com essa visão de mundo.

Ele e suas ideias seguem reverberando naquele espaço de rara beleza, que se tornou um prolongamento do Rincão Gaia - santuário do ecologista em Rio Pardo. O jardim nasceu um ano depois de sua morte, com o aval de suas filhas, as biólogas Lilly e Lara. Desde então, o espaço segue em contínua evolução e, nos últimos meses, ganhou novos ares: passou por um rearranjo paisagístico e recebeu um letreiro em cerâmica com o nome do ambientalista.

Ao visitar o local, muita gente ainda se surpreende ao ver, aqui e ali, o que o senso comum chama de "inço". Para alguns, é "praga", para outros, vida. Lutz vive.

Eu mandei sim, qual o problema?

Jair Bolsonaro

Ex-presidente da República, admitindo em entrevista ter pedido para o empresário Joseph Nigri repassar mensagem questionando a segurança das urnas eletrônicas.

Cancelamento do outro é censura que não devemos admitir.

Mia Couto

Escritor moçambicano, em entrevista sobre os tempos de agressividade e de falta de diálogo que vivemos.

Os pais têm de oferecer algo no lugar das telas.

Maria Cecília Pereira da Silva

Psicanalista, sobre o desafio de reduzir o tempo de crianças e adolescentes diante de celulares e tablets.

O papel das Forças Armadas foi fundamental para preservarmos a democracia no nosso país.

Arthur Maia

Deputado federal que preside a CPI do 8 de Janeiro, após encontro com o comandante do Exército, ponderando que é preciso distinguir as ações de "alguns militares" do comportamento de toda a instituição.

O consumidor não pode ser lesado.

Rainer Grigolo

Diretor-executivo do Procon-RS sobre cancelamento de passagens pela 123 Milhas, que prejudicou muitos clientes.

Fizemos realmente um trabalho de gente branca, vamos dizer, um trabalho perfeito.

Leonir Koche

Prefeito de Erval Seco, em uma declaração infeliz durante uma entrevista sobre obras realizadas na cidade.

Graças a Deus pude marcar e serviu para a equipe ganhar. Foram 90 minutos. Agora tem os outros 90 em Porto Alegre.

Enner Valencia

Jogador do Internacional, ao celebrar o gol da vitória no primeiro jogo valendo vaga nas semifinais da Libertadores contra o Bolívar, em La Paz, na Bolívia.

O exército de terracota

Foi uma das grandes descobertas do século 20, feita por acaso, em 1974, por agricultores que cavavam poços na província de Xian, na China. Sob o solo, eles encontraram o mausoléu do imperador Qin Shi Huang, que viveu entre os anos de 260 e 210 antes de Cristo.

O local - uma majestosa pirâmide subterrânea - é guardado por um exército esculpido em terracota (foto). São mais de 8 mil guerreiros com armas de bronze, 520 cavalos e 130 de carruagens, tudo feito de forma artesanal, em tamanho natural. Cada peça é única, traz uma beleza enigmática e eleva a arte funerária a um novo patamar.

INFORME ESPECIAL

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