Endeavor,
que ocorre em 22 de setembro, contará com três painéis
MARCO
QUINTANA/JC
Empreendedorismo será tema de evento
na Capital
Um
dos temas em debate será o da sucessão, destaca Bruna Eboli
Embora
pesquisas apontem que mais de 70% dos jovens brasileiros desejem empreender,
nem 10% deles realmente buscam capacitação na área. Os dados são trazidos pela
Endeavor, organização não governamental internacional voltada ao fomento do
empreendedorismo, que realiza, em 22 de setembro, no Teatro do CIEE, o CEO
Summit 2014. O evento, que contará com palestras de empresários e também de
representantes das empresas apoiadas pela instituição, busca reunir cerca de
400 pessoas ligadas ao tema.
Realizado
em Porto Alegre desde 2012, o Endeavor, que também teve edições em Belo
Horizonte, São Paulo e Fortaleza, será divido em três painéis. Em um deles, o
executivo Pedro Janot, que ficou tetraplégico após cair de um cavalo em 2011,
falará sobre a sua trajetória profissional e de sua história de superação. “Ele
tem uma biografia de sucesso, foi presidente da Azul, trouxe a Zara pro Brasil,
passou por Richards e Pão de Açúcar. Brincamos que agora está na sua quarta
startup, que é a cura dele”, conta a coordenadora regional da Endeavor no Rio
Grande do Sul, Bruna Eboli.
Nos
outros painéis, receberá atenção o tema da sucessão, com a presença do
presidente da Artecola, Eduardo Kuntz, além de exposição das experiências das
empresas que recebem apoio da Endeavor no Rio Grande do Sul. Atualmente,
integram o sistema a RPH, empresa voltada à medicina nuclear, sediada no
Tecnopuc; e a Sirtec, dedicada à construção e manutenção de redes elétricas,
com matriz em São Borja. Segundo Bruna, até o fim do ano, a sucursal gaúcha da
Endeavor pretende adicionar mais duas empresas a sua rede.
Ao
todo, são 67 negócios no Brasil apoiados pela organização, que está presente em
20 países. Escolhidos já com um modelo de negócios consolidado, eles recebem
presença de um gestor de contas designado pela Endeavor, além de participarem
de um processo chamado de mentoria, no qual 300 executivos brasileiros
experientes os aconselham e facilitam os caminhos para a solução de possíveis
problemas ou desafios. A organização é mantida financeiramente pelos próprios
empresários envolvidos em sua rede.
Além
disso, a entidade mantém uma biblioteca digital com e-books e artigos sobre
empreendedorismo. Bruna também garantiu que, em novembro, a Endeavor lançará um
ranking comparando 17 capitais brasileiras a partir de 25 critérios. As
categorias serão divididas em oito pilares, como ambiente regulatório,
infraestrutura e capital humano, por exemplo, e têm como objetivo gerar
parâmetros que estimulem as grandes cidades a seguirem os bons exemplos de suas
contrapartes nacionais.
Criação
de novas empresas cresce 14,5% em julho
O
mês de julho registrou a criação de 170.952 empreendimentos no País, número que
representa uma alta de 14,5% ante junho. Segundo o Indicador Serasa Experian de
Nascimento de Empresas, o resultado é o segundo maior para meses de julho desde
2010, ficando atrás apenas do registrado no mesmo mês do ano passado, quando
surgiram 179.148 firmas.
No
acumulado dos sete primeiros meses do ano, o total de novos empreendimentos
atingiu 1,115 milhão, elevação de 2,9% na comparação com igual período de 2013.
Nesta base comparativa, o resultado é o maior da séria histórica do indicador,
com início em 2010.
Na
análise dos dados por segmento, os Microempreendedores Individuais (MEIs) foram
os principais responsáveis pela criação de novas empresas, com 123.069. Segundo
a Serasa, na margem, “a alta de 12,4% denota recuperação do setor, que havia
apresentado queda de 5,2% em junho em relação a maio”.
As
Sociedades Limitadas figuram em segundo lugar, responsáveis pelo surgimento de
21.688 companhias, número 21,9% maior que em junho. Em julho, o número de novas
Empresas Individuais foi de 17.338 (alta de 17,5%) e o de novas empresas de outras
naturezas chegou a 8.857 (alta de 21,5%).
“A
crescente formalização dos negócios no Brasil pode ser responsável pelo aumento
constante dos MEIs, registrado desde o início da série histórica do indicador”,
diz a Serasa Experian, em nota. A instituição destaca que essa modalidade
passou de quase metade do total de novos empreendimentos (44,5% em 2010) para
72,3% no último levantamento.