quinta-feira, 28 de agosto de 2014


28 de agosto de 2014 | N° 17905
URBANISMO ENTRADA DA CIDADE

Novo nome com os velhos problemas

CASTELO BRANCO deve trocar de denominação para Avenida da Legalidade e da Democracia, aprovaram ontem vereadores da Capital. Prefeito, que tem 15 dias para se manifestar, disse que aguardará análise de secretaria sobre a viabilidade da alteração
Se depender dos vereadores da Capital, a principal via de chegada à cidade passará a se chamar Avenida da Legalidade e da Democracia. Ontem, a mudança da denominação da Avenida Presidente Castelo Branco foi aprovada. Apesar do novo nome, a via continua com os tradicionais problemas, como tráfego saturado em diferentes horários (veja abaixo).

Para passar a valer, o nome também deve ser aprovado pelo prefeito José Fortunati (PDT), que tem 15 dias para sancionar a lei. Ontem, Fortunati, cujo partido foi fundado por Leonel Brizola, líder da campanha da Legalidade, preferiu não se manifestar e disse que vai estudar com calma a análise técnica que será feita pela Secretaria de Urbanismo. O parecer verifica se não há algum logradouro com nome semelhante ou igual.

O fato de não existir moradores na avenida, que tem cerca de três quilômetros, da rodoviária até a ponte do Guaíba, facilitou o andamento da proposta. Mesmo assim, o debate no plenário foi acalorado. Presentes nas galerias, integrantes do Comitê Carlos de Ré, de defesa dos direitos humanos, deram o tom das vaias e dos aplausos aos discursos.

Há três anos, o projeto havia recebido 16 votos contrários. Ontem, ganhou aceitação de 21 dos 31 vereadores presentes. Autor da proposta em parceria com a vereadora Fernanda Melchionna (PSOL), Pedro Ruas (PSOL) enfatizou a importância da alteração.

– Estamos tirando o nome de um ditador e colocando o do maior movimento cívico do Rio Grande do Sul – afirmou, sob aplausos.

Um dos cinco vereadores contrários ao projeto, Mônica Leal (PP) disse, sob vaias, que o mérito do movimento em defesa da posse do presidente João Goulart, em agosto de 1961, já foi contemplado com o Largo da Legalidade, em frente ao Palácio Piratini.

– Modificar uma denominação já institucionalizada, de conhecimento popular, significa descaracterizar um ponto de referência – alegou a vereadora.

leticia.costa@zerohora.com.br


Bem para isso servem nossos vereadores: Para ficar trocando nome de rua como se isso melhorasse a vida dos cidadãos. E nenhum dos tantos assessores questiona a utilidade disso? Nossa e ainda querem criar mais 200 municípios nesse País.