quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Sabe aquele momento,.



Sabe aquele momento, em que o coração palpita, seu corpo estremece e o sorriso não para de insistir em permanecer nos cantos de sua boca ? Sabe, aquele pensamento impetuoso, que vem em forma de raios, introduzindo em ti a mais estranha sensação.
Sensação na qual temos poucas oportunidades de experimentar na vida, pernas bambas e coração acelerado, paro e penso “que diabos está havendo ? Não estava correndo uma maratona” arrepios constantes, tentativas frustradas de se recompor, e compor em uma só canção, a sensação de extravasar quando descubro o tal sentimento, que dentro de mim habita.
Canção que à muito tempo não dita o ritmo da minha vida, nunca fui bom dançarino, me desfiz da dança e do ritmo para começar a escrever algumas páginas que me fizessem sentir vivo...
E cá estou, vivo e perdido, com aquele que em mim deseja sair, dentre os ventrículos de linhas mais tortuosas que se encontram em meu cérebro, fazendo-me suspirar e regozijar, a possível alegria de me olhar em um espelho e em meu reflexo lhe enxergar, onde os "acordes" e as batidas, são apenas o som demonstrativo da conexão de nossas almas.
Nas entrelinhas de cada página descrita, eu sigo a minha vida, pensamentos egoístas, sentimentos narcisista, lembranças reorganizadas, respiração contida e sanidade recobrada. Apenas mais um esbarrão, em mais um pedaço de alma perdida, que eu nem lembrava e nem queria, preferi deixa-la, esquece-la e chuta-la da minha vida mas ela continua intacta, trancafiada só para eu ter a garantia que a minha sensatez jamais será levada.
 - Devaneios da madrugada._