sexta-feira, 12 de julho de 2019


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12 DE JULHO DE 2019

COMBATE A FRAUDES

IPE recadastra pensionistas que são filhas solteiras.  Uma em cada cinco pensionistas filhas solteiras ainda não se recadastrou no Instituto de Previdência do Estado (IPE-Prev). O prazo termina em 7 de outubro, e quem perdê-lo corre o risco de ficar sem o benefício. São 2.018 pensionistas sem recadastramento, segundo o último balanço do instituto, de 31 de maio. Do total de ativas, 8.049 se apresentaram desde 27 de fevereiro, quando começou o processo.

Alvo de fraudes, o IPE-Prev está convocando as pensionistas para comprovar que estão vivas e solteiras. Elas representam 22% do total de pensões pagas. ZH de ontem mostrou que há mais de 400 casos suspeitos em apuração.

As irregularidades nos benefícios das pensionistas ocorrem quando não se enquadram mais no critério de "solteiras". Os casos variam: desde mulheres em união estável que não informaram o instituto até outras que aparecem em denúncias posando para fotos de casamento. O IPE-Prev pretende detectá-las ao longo do recadastramento.

Uma comissão de sindicância apura eventuais fraudes. Nesse ano, 24 pensões irregulares foram canceladas, poupando R$ 60 mil ao mês. Entre 2015 e 2018, foram 94 pagamentos encerrados por ilegalidades, economia superior a R$ 282 mil por mês.

O processo é digitalizado. Como há casos em que a pensionista tem idade avançada, sem acesso à internet, ou está doente, todas - ou seus familiares - estão sendo contatadas e cada caso será avaliado antes de extinção do pagamento.

Previsto em lei na década de 1980, o benefício deixou de ser concedido em 2000. Por ano, as pensões às filhas solteiras custam quase R$ 493 milhões. A maioria delas recebe até R$ 2 mil, mas também há benefícios que se aproximam do teto salarial - 280 delas ganham mais de R$ 20 mil mensais.

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