terça-feira, 8 de dezembro de 2020


08 DE DEZEMBRO DE 2020
+ ECONOMIA

R$ 672 milhões no RS 

Entre janeiro e setembro, a RGE investiu R$ 672 milhões no Estado. O valor é 11% acima do aplicado pela empresa em igual período de 2019. Foram direcionados à modernização e digitalização de sistemas, melhoria e modernização da rede elétrica. A RGE é a responsável pela distribuição de energia em cerca de dois terços do Estado, em toda a Metade Norte, no Oeste e em parte da Região Metropolitana.

Conforme o diretor-presidente da RGE, Marco Antônio Villela de Abreu, os recursos foram destinados à qualificação de profissionais, à renovação da frota de veículos e à aquisição de equipamentos. Neste ano, sete subestações tiveram aumento de potência, o que reduz o risco de interrupções. Foram finalizadas duas linhas de distribuição em Ijuí, Santa Rosa e Três de Maio, beneficiando 146 mil clientes. A ampliação do sistema também permite maior oferta de energia - mesmo sem geração nova, o que é importante em momentos como este, que o Brasil tem de acionar usinas térmicas porque faltou chuva e planejamento energético.

Como surgiu o projeto de 91 andares 

Conforme Luis Fabiano de Lima, responsável pelo projeto do edifício de 91 andares em Taquara, que está sob análise para aprovação, tudo nasceu com a mudança de local da Pirisa Piretro Industrial, uma fabricante de inseticidas fundada em 1952. A desocupação da área criou um parceria entre a empresa e a Porto Incorporadora, de Parobé, entre outros participantes, para criar um investimento na área. Lima fez o projeto, pediu licença para prefeitura e, ontem, recebeu uma consulta sobre a possibilidade de dar acesso público ao mirante previsto para o último piso.

- A prefeitura fez essa consulta, que vemos como uma disposição de aprovar, mas precisamos analisar. Vai precisar de outro elevador, estamos estudando. Desse mirante, vai ser possível enxergar quase todas as cidades na volta em um raio de 25 quilômetros - disse Lima.

Deve haver uma reunião amanhã sobre o projeto. Conforme o autor, o objetivo é vender as unidades para quem quer morar entre Igrejinha, Parobé, Taquara e Três Coroas:

- A empresa viu que tem capacidade de venda na região, são só 56 apartamentos de luxo, metade deles com pé direito duplo. E o empreendedor queria mesmo provocar esse impacto (sobre a altura do prédio). Quando encaminhei, imaginei que esse alvoroço fosse acontecer.

O prédio deverá ter conjunto comercial com 20 lojas, 162 vagas de estacionamento e 28 unidades habitacionais (uma por andar) de 150 metros quadrados, além de outras 28 no estilo loft, do 35º ao 91º andar, com pé direito duplo.

- Como a laje de cada pavimento tem 200 metros quadrados, e o terreno chega a 4 mil metros quadrados, será uma pequena proporção de apartamento na superfície do lote. Com isso, será uma torre muito estreita, muito esbelta - descreve Lima.

A coluna, claro, pediu para ver o projeto (e mostrar aos leitores), mas o responsável disse que ainda não está autorizado a mostrar imagens.

- O maior problema é o vento. não é o peso. É preciso cuidar que as esquadrias vedem bem os ambientes, senão o vento entra e vai derrubando tudo.

Caso o prédio saia do papel tal como foi projetado, Taquara, com cerca de 60 mil habitantes, terá o edifício mais alto da América do Sul. Com 304 metros e 91 andares, passaria, por pouco, pelo prédio considerado o maior da região, que é o Gran Torre, de Santiago do Chile, concluído em 2014, que tem 300 metros e "apenas" 60 andares.

MARTA SFREDO

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