quinta-feira, 10 de dezembro de 2020


10 DE DEZEMBRO DE 2020
INFORME ESPECIAL

A policial de Bagé que adora cuidar de gambás

Todos os anos, cerca de uma dezena de gambás, todos sóbrios, mas sofrendo, chegam à delegacia da Polícia Civil de Bagé. Os filhotes são trazidos por pessoas que conhecem a inspetora Patrícia Mozzaquatro Coradini, voluntária do Núcleo Bajeense de Proteção aos Animais.

- Estou aqui falando contigo e com um gambazinho enrolado em um cobertor, dormindo - explica a policial, há sete anos envolvida na causa.

Ela calcula que mais de 100 animais passaram pelas suas mãos. O trabalho envolve uma rede, que passa por uma veterinária especializada na reinserção dos indivíduos na natureza. Nem sempre isso é possível, mas quando acontece, a gratificação é imensa.

- Estamos conseguindo mudar uma cultura de maus-tratos - celebra a servidora.

Ela explica que a maior parte dos filhotes é órfã e chega precisando com urgência de calor e de leite, de duas em duas horas. O fenômeno se intensifica nessa época no ano, quando nascem as ninhadas.

-Hoje mesmo quando eu cheguei para trabalhar tinha um me esperando aqui. Pois é, todos os anos eu viro mãe de gambás - afirma, feliz e orgulhosa.

Melo não quer o impeachment 

Parado na Justiça, o processo de impeachment de Nelson Marchezan não tem mais repercussão eleitoral, mas continua interessando ao prefeito eleito, Sebastião Melo. Tudo o que ele não precisa agora é de instabilidade na transição, mais curta em função do adiamento do pleito. Se a Câmara aprovar o afastamento de Marchezan, uma descontinuidade abrupta da administração, a poucos dias da posse, seria prejudicial a Melo, que vem, até agora, construindo uma sucessão civilizada com o atual prefeito. Se Marchezan e sua equipe forem afastados dos cargos, a troca de informações fundamentais para a nova gestão ficará comprometida.

O fato é que, independentemente dos desdobramentos judiciais e da pressão de alguns vereadores mais magoados com Marchezan, é improvável que o impeachment prospere.

- A poucos dias do Natal e do fim da gestão, não vejo mais clima para votar o afastamento do prefeito - declarou o presidente da Câmara Municipal, vereador Reginaldo Pujol.

TULIO MILMAN

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