quinta-feira, 14 de agosto de 2014


14 de agosto de 2014 | N° 17890
PAULO SANT’ANA

13 de agosto!

Eu vivo dizendo que pessoas importantes uma para a outra não devem viajar no mesmo avião. Nem no mesmo carro.

Num desastre provável com pessoas importantes entre si, salva-se pelo menos uma delas. Se estiverem juntas, ninguém se salva, e coitados dos órfãos.

Este desastre que matou ontem o candidato Eduardo Campos comprova mais uma vez isso: se Marina Silva estivesse com ele no avião, não haveria agora nenhum deles para ser candidato a presidente da República.

Marido e mulher, por exemplo, quaisquer que forem, não devem viajar no mesmo avião nem no mesmo carro. Se o fizerem, em caso de tragédia que cause a morte dos dois, a tragédia superveniente será maior ainda.

Eu acredito que Marina Silva substituirá Campos e será a candidata que encabeçará a chapa presidencial do PSB.

Uma vez na luta, os candidatos devem ir até o fim, mesmo que a morte os separe.

O piloto que conduzia o avião ontem desastrado falou com a torre de controle até o momento da queda.

Chegou a dizer que estava tentando aterrissar mas que não enxergava a pista, em face do mau tempo.

Ele acabou não vendo a pista e não vendo mais nada, tanto que bateu numa casa.

Não resta ao PSB e a seus aliados outra decisão que não seja colocar Marina Silva no lugar da chapa que pertencia ao falecido. Se não fizerem isso, será uma insanidade.

E talvez Marina estivesse predestinada para uma emergência dessa grandeza. Até mesmo porque, antes do desastre, já se cogitava que ela deveria ser a cabeça da chapa.

E vários acidentes de aviões se sucederam no noticiário nos últimos dias.

Quando a bruxa está solta...

Interessante coincidência: ontem, morte de Eduardo Campos, era 13 de agosto.

O avô de Campos, Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco, igual a Campos, morreu exatamente também no dia 13 de agosto, só que em 2005.

Todos ontem se fixavam nessa coincidência.


Mas a preocupação é quase nada: as estatísticas mostram que, de cada 100 milhões de passageiros transportados, apenas dois, doizinhos, acabam mortos em desastres aéreos.