sexta-feira, 6 de abril de 2018



Quem foi Maria Madalena? 

Maria Madalena, prostituta arrependida, mulher rica, discípula e companheira de Jesus, adúltera, símbolo da fragilidade das mulheres, objeto de veneração.... mas quem, realmente, foi ela, que atravessa quase dois milênio, sendo reinterpretada a cada época, desde os tempos bíblicos até nos dias de hoje?

Maria Madalena - Da Bíblia ao Código Da Vinci: companheira de Jesus, deusa, prostituta, ícone feminista (Zahar, 344 páginas, R$ 59,90 impresso, e R$ 39,90 e-book, tradução de Marlene Suano) do historiador e escritor britânico Michael Haag, autor dos best-sellers Os templários e Desvendando Inferno: o guia essencial para os mitos e mistérios de Inferno de Dan Brown, lançado em 2016 na Inglaterra, chega ao Brasil e trata de uma das personagens mais fascinantes da história da humanidade.

No momento está em cartaz em Porto Alegre o filme Maria Madalena, do diretor Garth Davis, com Rooney Mara e Joaquin Phoenix, sobre a enigmática figura que primeiro testemunhou a ressurreição de Jesus Cristo. Madalena foi companheira constante de Jesus em todo seu ministério na Galileia e o ajudou a organizar e a financiar as dezenas de pessoas envolvidas na sua missão de curar e trazer a salvação para os doentes e os pobres. Madalena foi com Jesus para Jerusalém, testemunhou sua crucificação, supervisionou para ver onde seu corpo foi colocado, voltou para ungi-lo no terceiro dia, participou do enterro e testemunhou sua ressurreição.

Madalena é a única mulher que esteve perto de Jesus nos momentos críticos que definem seu propósito, que descrevem seu destino e que darão origem a uma nova religião. Ela é destemida, uma mulher de visão e, no início, sua personagem detém o segredo de seu nome. No início, há Jesus e Maria, chamada Madalena.

O autor mostra como Madalena foi vista pelas culturas ao longo dos tempos. Mergulha em evidências históricas e literárias, e sugere uma interpretação do papel e da personagem de Maria Madalena radicalmente contrária ao discurso dominante.

O autor busca a verdadeira Madalena no Novo Testamento e nos evangelhos gnósticos (textos apócrifos dos séculos II a IV), em que ela é exaltada como esposa e principal discípula de Cristo. Haag compara os dois evangelhos e investiga por que a Igreja católica preferiu representá-la como uma mulher pecadora, enquanto Maria, mãe de Jesus, foi simbolizada como a Virgem. 

lançamentos

A partilha do caos (Editora Movimento, 112 páginas), do advogado e escritor Carlos Saldanha Legendre, apresenta dezenas de sonetos. "Com a ferramenta afiada do soneto, Legendre parte para a construção do mito, partilhando o caos da vida", escreveu José Clemente Pozenato na apresentação.

"Não deve a vida sucumbir nas águas/se a esperança já acode como peixe/subindo a correnteza destas mágoas" são versos de um dos sonetos. Press-AD Edição 183 (revistas de jornalismo e propaganda editadas por Júlio Ribeiro com textos de Marcelo Beledeli), trazem entrevista com o vereador Walter Nagelstein; textos sobre como a imprensa internacional trata o Brasil e sobre Carlos Heitor Cony; e matéria de capa sobre o êxodo de talentos e suas consequências para a propaganda brasileira, além de matéria sobre Armando Testa, o pai da publicidade italiana e outras contribuições de interesse.

Doces sonhos que embalamos (Belas Letras, 168 páginas), de Charles Tonet e Tânia Tonet, através das memórias da família Heineck, fundadora da Docile, fala da origem do açúcar até a trajetória da indústria doceira no Brasil e conta sobre a imigração alemã e portuguesa na região Sul.

A Docile é a maior produtora de pastilhas da América Latina e a segunda do Brasil em balas de goma e de marshmallows. A empresa tem 800 colaboradores e está em mais de 50 países. - Jornal do Comércio

http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2018/04/colunas/livros/620197-quem-foi-maria-madalena.html