18 DE JULHO DE 2024
CARPINEJAR
Estão vendo lá? Meu primeiro contato com Altair foi por meio de um vídeo feito pelo seu filho Leonardo, 11 anos. Seu menino descrevia para nós aquele vulto vindo de longe, da lama das montanhas.
A cena na conta @altairpape no Instagram me tocou profundamente. Atingiu uma região desértica da alma. As redes sociais podem nos encantar, podem nos aproximar de pessoas do bem, podem nos gerar gentileza e nos inspirar com exemplos. Nem sempre são nocivas, nem sempre são ervas daninhas.
O sonho do casal é contar com um banheiro dentro da residência. Um banheiro! Não uma piscina, ou algum luxo. A maior ambição da vida é uma necessidade.
Há ali uma simplicidade do convívio que andamos perdendo, uma felicidade miúda que nos arranca sorrisos imensos. Vejo Altair jogando bolita no quintal com Leonardo. Vejo Altair cortando madeira para a provisão da noite. Vejo Clenir protegendo com veneno os pés de pessegueiro.
Vejo todos eles acudindo um passarinho que bateu na janela, tentando curar a sua asa machucada. É uma outra dimensão do tempo. Um tempo regido pela luz do sol. Acorda-se com os primeiros raios e dorme-se cedo com o crepúsculo.
Altair, Clenir com Ravena no colo e Leonardo desciam e subiam sem parar a escada rolante, deslumbrados com os degraus automáticos. Transformaram o corredor de acesso num brinquedo coletivo, improvisando corridas.
Já eu só estava vendo lá uma família feliz, que unicamente se importa em permanecer unida.
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