HOMENAGENS
Milhares de pessoas foram às ruas para agradecer e pedir bênçãos. Foi o fim das comemorações em alusão ao dia do padroeiro dos viajantes, que se iniciaram na quinta-feira
Com a mão na buzina, o caminhoneiro Marcos Evandro da Silva, 44 anos, era um dos milhares de motoristas que faziam fila na Rua Tupi, em Canoas, na manhã de ontem. Em meio ao tradicional buzinaço, todos aguardavam o início da procissão em homenagem a São Cristóvão, que ocorreu em diferentes ruas de Canoas e Porto Alegre.
Marcos foi pela quinta vez seguida para a paróquia agradecer ao santo e pedir proteção nas estradas. A imagem de São Cristóvão, que considera o seu protetor, já esteve na carteira e no para-brisa. Hoje, guarda sua fé na memória:
- Tenho muitas histórias. De estar sonolento (na estrada, dirigindo) e sentir alguém tocando em ti. Te acordar.
Trajeto
Luciano Dias, que foi motorista por oito anos e hoje trabalha como especialista de frota na empresa Henrique Stefani Transportes, com sede em Canoas, também afirma que tem histórias parecidas:
- Todo caminhoneiro é devoto. Nos momentos difíceis da nossa profissão, a solidão da estrada, a gente se apega muito à fé.
E a devoção de Luciano é tanta que nesse domingo foi ele que puxou a procissão em Canoas, pela primeira vez.
- É emocionante - contou.
O trajeto se iniciou pelas alças laterais da BR-116, em direção a São Leopoldo, até a refinaria da Petrobras. Seguiu por ruas do centro da cidade, com passagem pela elevada da Avenida Getúlio Vargas, viaduto do bairro Rio Branco e Avenida Guilherme Schell, até o retorno ao santuário novamente pela BR-116.
Depois da procissão, os veículos receberam a bênção. No ano passado, a paróquia estimou que havia mais de 4 mil condutores.
Mau tempo
Em Porto Alegre, o padre Jefferson Lunkes, da paróquia localizada na Rua Osmindo Júlio Kuhn, calculou que 30 veículos participaram da procissão ontem.
- O tempo não ajudou muito. Mas conseguimos mobilizar os paroquianos mais próximos, pegamos um trajeto mais curto valorizando um maior número de casas - explicou o padre.
Na Capital, a procissão saiu do Complexo Cultural Porto Seco, na Rua Hermes de Souza, e percorreu um trajeto de 2,2 quilômetros até a sede religiosa. _
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