quarta-feira, 10 de julho de 2024


INFORME ESPECIAL-Rodrigo Lopes

Os "sem-número", uma questão de cidadania

Treinamento foi igualitário

O Rio Grande do Sul tem 295.247 endereços sem numeração, segundo o Censo 2022. Isso significa que gaúchos e gaúchas que habitam essas residências podem estar sendo privados de acesso a serviços públicos básicos.

Se um morador, por exemplo, enfrentar uma emergência e precisar chamar uma ambulância do Samu ou o Corpo de Bombeiros, as autoridades terão dificuldade para encontrar o local. Precisarão seguir pistas, indicações ou pontos de referência, levando a uma demora no atendimento - o que, em última análise, pode significar a morte.

Sem número, prefeituras, Estado e governo federal têm dificuldade de desenvolver planejamento de infraestruturas públicas, como identificar demandas por transporte, escolas, hospitais, coleta de lixo e abastecimento de água e luz. Essa realidade é mais preocupante diante de situações de calamidade, como a que o Estado vem enfrentando.

Sem números nas paredes de casa fica praticamente impossível desenvolver políticas públicas de orientação e alerta de populações ou evacuação em caso de enchentes.

Em todo o Brasil, são 24,4 milhões de endereços sem identificação - o que corresponde a 22,8% do total. Há situações bem mais graves do que a do RS - em Goiás, por exemplo, quase 2,5 milhões de residências não têm número. Na Bahia, a situação também é grave (2.439.274). Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo vêm um pouco atrás.

Por isso, deve ser saudada a iniciativa dos Tribunais de Contas, que pretende iniciar ações de sensibilização, orientação e fiscalização junto aos municípios com base nos dados fornecidos pelo IBGE.

- A ausência de formalização dessa situação dificulta que a população possa exercer os seus direitos de forma plena. Ruas sem nome ou sem número podem inviabilizar o atendimento de serviços públicos, comprometendo o trabalho da Polícia Militar, dos Correios, do Corpo de Bombeiros e do Samu, dentre outros - avalia o ouvidor do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE-RS) e vice-presidente de Relações Político-Institucionais da Atricon, Cezar Miola. _

As 114 mulheres que integram o corpo de fuzileiros navais passaram por quatro meses de um rigoroso curso de formação no Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (Ciampa), em Campo Grande (RJ).

Afinal, esses tipos de combatentes formam a infantaria da Marinha e são considerados anfíbios, ou seja, atuam no mar e em terra, e são capacitados para sobreviver e lutar de forma autossuficiente, sendo treinados para carregar no próprio corpo peso elevado de equipamentos.

O comandante do Ciampa, capitão de mar e guerra fuzileiro naval Vanderli Nogueira Cordeiro Junior, explicou que uma das premissas do curso foi a manutenção do poder de combate. Ou seja, o treinamento teve que ser exatamente igual, tanto para homens e mulheres. _

Até parece, mas não é

Olhando de relance, a imagem parece ser do bairro Navegantes na entrada de Porto Alegre, em meados do mês de maio, quando a Capital enfrentava a sua mais severa enchente.

Apesar da semelhança, essa foto é desta semana, quando um veículo foi abandonado em meio à água em Houston, no Texas, nos Estados Unidos.

O país enfrenta o furacão Beryl. O fenômeno foi considerado pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA como uma potencial "tempestade mortal".

Antes de atingir os EUA, chegou à categoria 5, a mais alta, quando os ventos ultrapassam 252 km/h. Até ontem, já eram oito mortos nos EUA e 11 no Caribe. _

Entrevista- Letícia Alves

Soldado fuzileiro naval

"Servimos como inspiração para outras mulheres"

Lula quer Venezuela no Mercosul

Em discurso durante a sua visita à Bolívia, o presidente Lula fez, novamente, acenos favoráveis ao retorno da Venezuela para o Mercosul.

O país foi suspenso do bloco desde 2017 devido a rompimento da cláusula democrática.

- Esperamos também poder receber logo e muito rapidamente a Venezuela (de volta ao Mercosul). A normalização da política venezuelana significa estabilidade para toda a América do Sul. Fazemos votos que as eleições transcorram de forma tranquila e que os resultados sejam conhecidos por todos - disse.

As eleições venezuelanas estão marcadas para o dia 28 de julho e Nicolás Maduro tentará o terceiro mandato em uma disputa com claros sinais de irregularidades e na qual a oposição enfrenta dificuldades para concorrer. _

INFORME ESPECIAL

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