Três lições da "bugada" global
Por algumas horas - e talvez dure por alguns dias -, experimentamos, em maior ou menor proporção, o apocalipse digital: a "bugada" mundial, provocada por uma falha na atualização do sistema da empresa CrowdStrike, travou computadores com Windows de milhares de empresas mundo afora, colapsando o tráfego aéreo, serviços bancários e até o atendimento de emergências em hospitais. Mas, como toda crise, deixa lições.
Três delas:
1) Não foi um ataque de grupos cibercriminosos da China e da Rússia que paralisaram boa parte do Ocidente. Foi uma plataforma de cibersegurança ocidental, criada para proteger contra ação de hackers, que corrompeu, como uma doença autoimune, o próprio sistema. Foi como se máquina tivesse se voltado contra o ser humano. De nada adianta o governo dos Estados Unidos tentar barrar ou expulsar empresas de tecnologia chinesas sob a alegação de riscos à segurança. Muitas vezes, o inimigo pode estar dentro de casa.
2) Quanto mais conectado o sistema for, maior o dano. Isso explica porque o Brasil foi, relativamente, poupado do caos. Países com maior dependência de sistemas digitais e serviços em nuvem, como os Estados Unidos e várias nações europeias, sofreram mais devido ao alto nível de integração sistêmica da rede.
3) Assim como a pandemia evidenciou a sujeição a que estamos a poucos fornecedores de insumos para vacina ou de equipamentos da China e da Índia, o apagão digital comprova o quanto nossa vida - real e virtual, o que no fundo não faz mais diferença -, é dependente de um punhado de empresas. O dano foi maior porque o software da CrowdStrike opera o sistema operacional Windows, da Microsoft, que, por sua vez, é o mais usado pelo mundo. _
Correria e ansiedade em busca da aprovação de projetos
A proposta da reforma administrativa é a segunda pauta de interesse do governo do Estado "barrada" às pressas e poucas horas antes da votação. Nos dois casos, correria e certa ansiedade.
Primeiro, o projeto do aumento de ICMS e agora as mudanças em carreiras de servidores. São, entretanto, situações diferentes.
O primeiro, ainda em 2023, buscava a elevação de 17% para 19,5% da alíquota. Havia pressão de deputados, de empresários e da sociedade pela não aprovação. Mais da metade dos votos seria contrária, e o pacote foi retirado na noite anterior. Na época, faltou diálogo com os setores.
Agora, o projeto de reestruturação foi adiado pelos líderes. O principal motivo foi a dificuldade dos próprios deputados - inclusive da base - em analisar detalhes e impacto das propostas.
Um parlamentar disse à coluna que outro dos motivos seria a ausência do presidente da Assembleia, Adolfo Britto (PP), e que "não teria o clima" esperado pelo governo para ser votado tendo o vice, Paparico Bacchi (PL), à frente dos trabalhos.
Apesar de não contar, novamente, com apoio do setor empresarial, o projeto deve ser votado até o fim do mês. É mais tempo para analisarem o calhamaço de 318 páginas recheadas de tecnicidade. Mesmo com resistência, que permanecerá, deve ser, ao final, aprovado. _
Sem responsabilização
Sob forte emoção, os argentinos lembraram, na sexta-feira, os 30 anos do maior atentado terrorista na América Latina.
Em 18 de julho de 1994, o prédio da Associação Mututal Israelita Argentina (Amia), no bairro de Once, em Buenos Aires, foi destruído por um carro-bomba.
Oitenta e cinco pessoas morreram. Tudo indica que o Irã ordenou a ação, mas, até hoje, ninguém foi responsabilizado. _
Arraiá e protesto no 4º Distrito
Neste sábado, haverá o Arraiá do 4º Distrito - Chama da Reconstrução na Rua Almirante Tamandaré, a partir das 10h até as 19h. No domingo, ocorrerá um ato institucional para reclamar da demora do apoio aos empresários por parte do governo federal.
"Não podemos mais continuar na fase protocolar e formal com troca e envio de cartas e requerimentos, dando embasamento para anúncios que, além de não se efetivarem, serem muito tímidos para o que a situação demanda", diz a entidade.
A manifestação está marcada para as 15h no sítio do Laçador, na Capital. _
Um grito contra o antissemitismo
A Cronologia do Alef Bet (SlerBooks), do jornalista Léo Gerchmann, é um relato da angústia vivida por um brasileiro judeu, descendente de refugiados dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial.
Na obra, Gerchmann demonstra como o antissemitismo se revestiu de antissionismo para, de novo, emergir em forma de preconceito contra o povo judeu.
- Preciso que chegue às pessoas para que nos entendam e removam os preconceitos provocados pela narrativa mainstream que demoniza Israel, o sionismo e o próprio povo judeu - diz.
A obra será lançada no dia 23 de julho, às 18h30min, no Café Cultura - Patio 24, na Avenida 24 de Outubro, 1.454, em Porto Alegre. _
TRF4 retoma atendimento
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) retoma na segunda-feira o atendimento presencial ao público e o expediente presencial na sede da Corte, no bairro Praia de Belas, em Porto Alegre. Foram 77 dias em que os prédios da Corte precisaram ficar fechados em decorrência da enchente. _
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