quarta-feira, 17 de agosto de 2022


17 DE AGOSTO DE 2022
INFORME ESPECIAL

O novo livro de Carol Bensimon

Vencedora do Prêmio Jabuti em 2018, a escritora gaúcha Carol Bensimon (foto) vem aí com mais um livro que promete dar o que falar. Com lançamento previsto para o fim do mês, em Porto Alegre, Diorama (Cia. das Letras, 288 páginas) tem como pano de fundo um dos crimes mais rumorosos da história do Rio Grande do Sul: o assassinato do deputado José Antonio Daudt, em 1988, na Capital.

- Eu tinha seis anos na época e cresci não muito longe do local onde ele vivia. Não tenho lembranças do crime em si, mas o caso Daudt sempre foi muito comentado e decidi ficcionalizar essa história. Trabalhei quatro anos nisso, entre pesquisa e escrita - conta Carol.

Radicada em Mendocino, na costa norte da Califórnia (EUA), a escritora virá a Porto Alegre para a primeira sessão de autógrafos da obra, no próximo dia 30, às 19h, na Livraria Taverna (Rua dos Andradas, 736).

Civilidade e respeito no primeiro debate

Começou em alto nível, sem ataques e bate-boca, a disputa pelo governo do Rio Grande do Sul no primeiro dia da campanha eleitoral de 2022 - que promete ser a mais acirrada, virulenta e tensa das últimas décadas no Brasil. Mantendo a tradição, a Rádio Gaúcha abriu a discussão entre os candidatos a governador, que protagonizaram um debate marcado pela civilidade.

Em tempos de intolerância e agressividade fora do controle, o confronto de ideias mediado com segurança e tranquilidade pela jornalista Andressa Xavier, na manhã de ontem, na RBS TV, em Porto Alegre, surpreendeu por algo que deveria ser a regra: os participantes não baixaram o nível em nenhum momento, não houve afronta moral ou coisa que o valha, nem mesmo tom de voz elevado ou o corriqueiro "pedido de direito de resposta" - usado sempre que alguém se sente pessoalmente ofendido.

Pode parecer bobagem, mas, considerando o clima bélico na política brasileira, não dá para negar que é um bom começo. O que se viu foi uma primeira apresentação dos candidatos, ainda pisando em terreno movediço e medindo forças. Se nem todos responderam às perguntas de forma objetiva e consistente, o encontro serviu para o eleitor começar a saber o que cada um tem (ou não) a oferecer. E, é claro, exigir mais daqui para frente.

JULIANA BUBLITZ

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