sexta-feira, 26 de agosto de 2022



26 DE AGOSTO DE 2022
INFORME ESPECIAL

Cinco anos "furando bolhas"

Um dos bares mais descolados do 4º Distrito de Porto Alegre completou cinco anos. Além de levar música, gastronomia e coquetelaria de primeira à região, o Agulha faz parte do grupo de empreendimentos que vêm consolidando a zona - até pouco tempo marginalizada - no território da inovação na Capital.

- Não foi fácil chegar até aqui. Quando abrimos as portas, em 2017, já confiávamos no potencial do bairro, mas havia alguns tabus e preconceitos em relação ao 4º Distrito que tivemos de superar. Acho que conseguimos furar muitas bolhas, em todos os sentidos. Começamos como uma casa de pequeno porte, com a intenção de oferecer shows autorais locais para cem pessoas. No primeiro ano, já superamos as expectativas - conta Eduardo Titton Fontana, que comanda o bar ao lado do irmão, Fernando.

De lá para cá, foram mais de 300 apresentações artísticas - incluindo performances nacionais e internacionais - e cerca de 100 mil acessos ao estabelecimento, que tem um visual único (veja as fotos acima) e impulsionou uma série de outros negócios na área, de pubs a casas de eventos.

Aprendizado no Pará

Estudantes e professores do curso de especialização em Cultura Material e Arqueologia da Universidade de Passo Fundo (UPF) participaram de um projeto de pesquisa no Parque Estadual Serra das Andorinhas, no Pará. O local é um dos maiores sítios arqueológicos de arte rupestre a céu aberto do país.

Em uma semana, foram encontrados 10,2 mil artefatos (foto), possivelmente de utensílios como vasilhames de cerâmica. O grupo ficou acampado em um sítio-escola para aprender todas as etapas do processo - incluindo coleta, higienização e catalogação. Agora, os fragmentos passarão por análise, o que deve se estender até 2023.

JULIANA BUBLITZ

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