sábado, 21 de janeiro de 2023


21 DE JANEIRO DE 2023
INFRAESTRUTURA

"Até 2026, 100% dos acessos terão de estar concluídos ou em fase de conclusão"

De volta à Secretaria dos Transportes no segundo mandato do governador Eduardo Leite, Juvir Costella tem metas ambiciosas para a nova gestão. Após concluir 15 acessos asfálticos nos primeiros quatro anos à frente do cargo, agora promete triplicar as entregas. O objetivo é retirar definitivamente as estradas de chão batido do cotidiano de quem chega ou sai de 47 municípios. Para tanto, Costella precisará de R$ 1,8 bilhão, quantia seis vezes superior à que dispôs de 2019 a 2022, período em que investiu R$ 329 milhões nos acessos. Por enquanto, o secretário tem R$ 230 milhões em caixa. Para acelerar as obras, ele negocia com o governador alcançar a cifra de R$ 1 bilhão em 2023.

O senhor tem falado em concluir até 2026 os 47 acessos asfálticos que ainda restam no Estado. É possível cumprir essa promessa?

Eu acredito e é meta, um desafio, chegarmos ao final de 2026 com, no mínimo, 80% desses acessos concluídos, entregues à sociedade gaúcha. E os outros 20%, se não estiverem totalmente concluídos, têm de estar em obras. Ou seja, 100% dos acessos terão de estar concluídos ou em fase de conclusão. Nós fizemos 15 acessos no primeiro mandato. Estamos com 17 em obras e outros 12 para iniciarmos. A previsão é de todos eles estarem em obras já em 2023. É uma vergonha, em pleno século 21, o cara não ter o direito a ter uma estrada com segurança.

Quanto o senhor terá em caixa este ano para tocar essas obras?

No total, são R$ 530 milhões, mas só em obras de acesso é um pouco mais de R$ 230 milhões. Esse dinheiro está no caixa. Não é empréstimo. É investimento. Há um planejamento para termos mais recursos.

Para concluir os 703 quilômetros de acessos, é necessário R$ 1,8 bilhão. Com R$ 230 milhões em 2023, ainda faltariam R$ 1,6 bilhão para os próximos três anos. O senhor terá esses recursos?

A ideia é que aumente os recursos este ano. Mas não adianta eu pegar hoje R$ 1,6 bilhão e botar na conta das empresas. Elas não terão capacidade de executar. A gente precisa fazer uma grade de escalonamento para chegar em 2026 com os acessos concluídos. Além disso, tem 18 acessos sendo atualizados, cujo projeto quantitativo vai dizer quanto vai custar cada um.

É mais difícil ter os recursos ou fazer as obras andarem?

Os dois. Para ter os recursos, não dependemos apenas do Estado, há questões nacionais também. Temos uma expectativa positiva, houve a venda da Corsan, mas estamos enfrentando uma seca. Agora, se a obra começou, tem de terminar. É preciso previsibilidade. Hoje, as empresas percebem que o Estado tem o dinheiro e o que falta, se é que falta, é o compromisso de executar e terminar a obra. O que não aceitamos é a empresa entrar na sala do secretário e dizer que não está conseguindo terminar.

Em Garruchos, onde há o maior trecho sem asfalto do Estado, é possível concluir a pavimentação nos quatro anos do mandato?

Eu disse para o prefeito: não sei se vamos fazer cinco, 10, 20 ou 30 quilômetros por ano. Mas uma coisa é certa, se a gente fizer 30 ou 40, o acesso não será mais de 60 quilômetros. Vão faltar 20. Vamos encurtando distância. Garruchos vai começar. Se houver a cessão do contrato para outra empresa, me encurta o prazo em seis meses e pode começar em 2023. Em 2024, com certeza estará em obras.

 FÁBIO SCHAFFNER

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