sexta-feira, 27 de janeiro de 2023


27 DE JANEIRO DE 2023
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Nova vacina contra covid em fevereiro Mutirões para reduzir as filas de cirurgias no SUS

O Ministério da Saúde anunciou ontem que começará em 27 de fevereiro a campanha de vacinação contra a covid-19 com a vacina bivalente da Pfizer, que protege também contra as subvariantes da cepa Ômicron. A imunização começará por idosos a partir de 70 anos, aqueles em instituições de longa permanência, imunocomprometidos, indígenas e quilombolas, disse Eder Gatti, diretor do Departamento de Imunizações, em reunião com representantes de Estados e municípios.

Para receber a bivalente, a pessoa deverá ter tomado ao menos duas doses da vacina contra o coronavírus. Após a conclusão da imunização do primeiro grupo prioritário, serão vacinados os idosos de 60 a 69 anos. O terceiro grupo inclui gestantes e puérperas e, em seguida, receberão a bivalente os profissionais da saúde.

Não foi apresentado cronograma detalhado de cada um dos grupos.

Gatti não deu previsão para oferta das vacinas bivalentes para o restante da população, mas destacou que serão intensificadas as ações para ampliação da cobertura das doses de reforço com as doses monovalentes que o ministério já tem em estoque.

Proteção

O termo bivalente é designado para o imunizante atualizado contra a covid-19. Significa que é capaz de proteger contra a cepa original do Sars-Cov-2 e também contra a variante Ômicron em subvariantes BA.1, BA.4 e BA.5. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou o uso do produto da Pfizer. Desde o ano passado, a Sociedade Brasileira de Infectologia e a Associação Médica Brasileira pediam que o governo agilizasse a disponibilidade desse tipo de vacina. Ela serve como proteção extra e será importante no combate à covid-19.

Para crianças, o ministério informou ter garantido para o próximo mês a antecipação de 8,5 milhões de doses da Pfizer baby, 9,2 milhões de doses da Pfizer pediátrica e 2,6 milhões de doses da CoronaVac. A aplicação nesse público tem gerado preocupação em gestores municipais e estaduais. Conforme o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosems), Guilherme Ribas, as prefeituras pequenas estão registrando problemas com o descarte de doses na abertura de fracos com 10 aplicações. Por causa da redução da busca por imunização, os postos de saúde temem o desperdício.

O ministério ainda planeja intensificar a imunização de maiores de 12 anos com a vacina monovalente entre aqueles que ainda não se vacinaram. Uma das iniciativas deve ser feita junto das comunidades escolares, disse Getti.

*Com agências de notícias

Na primeira reunião deste ano da Comissão Intergestores Tripartite, que reúne Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, a ministra Nísia Trindade anunciou que a pasta formula ação para reduzir as filas de espera para realização de procedimentos eletivos. O objetivo é promover mutirões de atendimentos.

Secretário de Atenção Especializada do ministério, Helvécio Miranda Magalhães Júnior disse que deverão ser investidos cerca de R$ 600 milhões nos primeiros três meses para mutirões de cirurgias eletivas. Estão previstos R$ 3 bilhões para procedimentos cirúrgicos e exames a partir de junho.

O ministério pretende publicar em fevereiro portaria definindo o montante de recursos destinados a Estados e municípios para o Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas.

- São um ou até dois milhões de procedimentos represados. Não sabemos por que os dados não são unificados. Outra meta é estabelecer tecnologias para que os pacientes possam acompanhar as previsões de realização dos procedimentos - disse Magalhães.

No RS, a Secretaria Estadual da Saúde contabiliza 290 mil consultas e exames especializados não urgentes na fila de espera por atendimento no SUS. O dado se refere a encaminhamentos registrados no Sistema de Gerenciamento de Consultas até 1º de janeiro e não incluem cirurgias, pois esses procedimentos são encaminhados pelos hospitais.

 SAMANTHA KLEIN* RBS BRASÍLIA

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