quinta-feira, 16 de abril de 2020


15 DE ABRIL DE 2020
INFORME ESPECIAL

UFRGS encara dilema da antecipação das formaturas


As comissões de graduação de cada curso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) decidirão sobre adiantar ou não as formaturas de médicos, enfermeiros, farmacêuticos e fisioterapeutas. O Ministério da Educação permitiu que estudantes dessas áreas comecem a trabalhar logo, com plenas atribuições e responsabilidades, antes do fim do último semestre do curso. Um registro emergencial seria fornecido e, com isso, milhares de novos profissionais se somariam ao esforço de combate à covid-19.

Maior universidade gaúcha, a UFRGS encara o tema com cautela. Se, por um lado, o país precisa de ajuda urgente, por outro é preciso cuidar para que a formação de quem estará na linha de frente esteja completa, evitando riscos para os pacientes, para as equipes de saúde, para a universidade e para toda a sociedade.

Consultado sobre o tema, o reitor Rui Oppermann afirmou que as decisões das comissões de graduação deverão ser respeitadas, cumpridos todos os trâmites internos de homologação. Existe a possibilidade de posturas diferentes diante do fato, com alguns cursos concordando com a antecipação da formatura e outros não. As decisões devem ser tomadas até amanhã.

Oppermann também confirmou que as aulas não serão retomadas pelo menos até 2 de maio. O reitor ressalta, porém, que a universidade não está parada, desenvolvendo uma série de iniciativas que se somam ao esforço de enfrentamento da pandemia.

- A academia tem um papel fundamental para que o governador e os prefeitos tenham sustentação científica para as decisões sobre as políticas de isolamento - explica.

TULIO MILMAN

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