sábado, 12 de novembro de 2022


12 DE NOVEMBRO DE 2022
CELEBRAÇÃO DOS 95 ANOS

Evento da Federasul fala sobre futuro

Debates destacam tecnologia, inovação e transformações no mundo

Quase centenária, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) festeja os seus 95 anos olhando para a frente, bem à frente. Por Futuros Inovadores é o slogan do 18º Congresso da Federasul, que ocorre até este sábado e celebra os 95 anos da entidade. Na tarde de sexta-feira, o presidente, Anderson Trautman Cardoso, deu as boas-vindas à plateia do Hotel Master, em Gramado, e a quem acompanhava o evento pelo site ou pelas redes sociais da entidade.

Pedro Valério, CEO do Instituto Caldeira e diretor de Inovação da entidade, mediou o primeiro painel, Inovação e o Mundo do Futuro. A discussão sobre a escassez de talentos na área de tecnologia norteou parte do debate. Valério trouxe um dos dados que chamou a atenção da plateia: só para as empresas fundadoras do Instituto Caldeira (hub de inovação em Porto Alegre), a estimativa é que faltem 5 mil talentos na área de tecnologia. Camila Brasiliense, da IBM, lembra que a evasão de cérebros foi acelerada a partir da pandemia, que nos ensinou o quanto o trabalho online é viável.

Rafael Bechelin, empreendedor e membro da Divisão Jovem da Federasul, desacomodou os presentes questionando onde estão as empresas em que a plateia atua: na produção de óleo de baleia, do querosene, da lâmpada incandescente ou da carne cultivada, produzida em laboratório. Para provocar, usou diferentes exemplos de unicórnios - startups que nascem pequenas e crescem exponencialmente: como a MTailor, aplicativo que faz roupas sob medida em minutos; Dall-E, programa que cria imagens a partir de textos; a Sushi Singularity, que faz sushi em impressora 3D com nutriente, cor, ingrediente escolhido pelo usuário ou adequada ao biótipo se aceitar oferecer mapeamento genético.

- No futurismo, tudo o que puder ser melhor digitalizado, distribuído, personalizado e automatizado, será - arrematou Bechelin.

Os painelistas fizeram questão de lembrar que 80% da inovação ocorre dentro da empresa e que, para isso, é preciso ouvir as pessoas e criar o ambiente adequado para repensar a forma como as coisas são feitas. Camila, que tem formação em Meteorologia, aponta também para um caminho de inovação que pode vir de fora para dentro, seja por meio de hackathons (maratonas que geram soluções), ou de dentro das faculdades.

Otimismo

Ao responder a pergunta sobre o papel de protagonismo do Rio Grande do Sul, Bechelin deu o tom de otimismo que deve marcar o congresso:

- Há cinco anos atrás existia o Caldeira? O Cais do Porto? A gente estava ensimesmado e ficava vendo Santa Catarina e Paraná avançando. Mas hoje o Rio Grande do Sul conseguiu encontrar seu caminho e já é o número 1 em inovação no Brasil. Eu, particularmente, estou muito otimista com o Rio Grande do Sul e todos os atores, como o Instituto Caldeira, que fazem esta transformação.

A largada do evento da Federasul ocorreu ainda na quinta-feira, quando Gramado recebeu o Congresso da Mulher, até a manhã de sexta, quando deu lugar ao Encontro de Executivos.

Além das palestras e painéis, entidades filiadas à Federasul apresentam cases voltados para a inovação e para a sustentabilidade financeira. A programação se encerra neste sábado, com diversos conteúdos, com destaque para painéis de empresas que são exemplos não só no Estado ou no Brasil, mas no mundo, como Agibank e Nelogica. Também será abordado o futuro da economia e do país. E fecha com Jorge Gerdau e Maria Elena Johannpeter apresentando Um casal de Sucesso e Parceiros Voluntários.

ANDREIA FONTANA

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