segunda-feira, 23 de junho de 2014


23 de junho de 2014 | N° 17838
PAULO SANT’ANA

Messi, o maior de todos

Se é para mim que certas pessoas estão alardeando que a Copa do Mundo é um sucesso, se enganou meu bem, pode vir quente que estou fervendo.

Eu nunca escrevi que a Copa do Mundo não seria um sucesso. O que eu escrevi – e inicialmente só eu escrevia isso – é que a Copa não deveria ser realizada no Brasil. Isso sim escrevi e friso bem: não deveria o Brasil ter realizado a Copa do Mundo quando faltam tostões para tratar da saúde do povo brasileiro e sobraram milhões para trazer a Copa para o Brasil.

Entenderam? Pois então deixem de me atirar farpas.

Folgo que seja um sucesso a Copa no Brasil. Só não folgo para as filas de consultas e cirurgias no SUS.

E o Messi fez o seu segundo gol na segunda partida da Argentina. E ambos os gols foram decisivos e acabaram classificando antecipadamente a Argentina.

Dois golaços do Messi em ambas as partidas. Em ambos usou de finura, fineza e finesse nos dribles e nas negaças.

Que jogador!

A maioria dos meus leitores não presenciou um grande debate que houve na imprensa esportiva gaúcha nos anos 60: um lado dos debatedores pregava o futebol força, o outro pregava o futebol habilidade.

Já o Messi chegaria para se provar que não é a força o principal fator de sucesso no futebol, é a habilidade.

Mas os que perdem essa discussão alegam que o Messi tem força nas pernas e no fôlego, quando eles sabem que não se trata disso, a força que eles pregavam o Messi não tem, é franzino e baixinho, que força é essa? Parem de tergiversar.

Maradona, aliás, já tinha derrubado fragorosamente a tese do futebol força.

Mas a Alemanha, uma das favoritas, só empatou no segundo jogo.

Com isso, a Holanda se ergue como a maior favorita, ao lado do Brasil, é claro, que conta, além de seu time, com a simpatia dos árbitros.

Ressoa em todos os cantos do mundo o feito espetacular da pequena Costa Rica, que venceu nos dois primeiros jogos a Itália e o Uruguai, dois ex-campeões mundiais.

A Costa Rica ergue-se, assim, como a grande sensação desta Copa.

Até aonde irá a Costa Rica?