segunda-feira, 29 de janeiro de 2024


29 DE JANEIRO DE 2024
ARTIGOS

CONSTRUIR MEMÓRIA EM NOSSOS CORAÇÕES

No último sábado, 27 de janeiro, completaram-se 11 anos da tragédia na boate Kiss. Mais de uma década depois daquela madrugada, seguimos firmes no propósito de não deixar a tragédia cair no esquecimento. Que nada daquilo se repita - em nosso Estado ou em qualquer outro lugar do mundo.

Para marcar a data, a prefeitura prestou apoio incondicional à Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), que realizou a programação com o tema "Justiça e prevenção, para que nunca mais aconteça". Participaram da iniciativa familiares de vítimas de tragédias brasileiras, como da barragem da Vale em Brumadinho; e do incêndio no Ninho do Urubu, no alojamento do Flamengo. 

Familiares de vítimas e sobreviventes da tragédia da Kiss também participaram dos painéis, que foram realizados em frente ao prédio onde funcionava a boate, no centro de Santa Maria. A programação integrou a 1ª Semana em Memória às Vítimas da Boate Kiss, que é lei municipal desde novembro de 2023. O objetivo foi que a população pudesse refletir, homenagear as vítimas e se conscientizar sobre prevenção.

Olhando para o futuro sem esquecer o passado, nos próximos dias será conhecida a empresa que transformará as ruínas do prédio da Kiss em memorial via processo licitatório. Ainda neste ano, a estrutura na Rua dos Andradas deixará de existir para dar lugar a um jardim naturalista circular de flores, que vai contar com auditório, escritório, sala multiuso, varanda, entre outros espaços. No local, serão 242 pilares de madeira representando as vítimas da tragédia.

A dor sempre estará presente no coração das famílias. Contudo, levar vida para onde hoje há escombros é uma forma de honrar a memória e trocar a angústia e a inquietação pela paz. O que queremos com o memorial é dar alento físico e espiritual às famílias e aos amigos das vítimas.

Comprometemo-nos com familiares e sobreviventes a fazer tudo que estivesse ao alcance do poder público para construir o memorial, e assim estamos fazendo. Não esqueceremos da nossa história nem das nossas dores e marcas, mas ressignificar aquela estrutura também é construir memória.

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