sexta-feira, 28 de setembro de 2012



28 de setembro de 2012 | N° 17206
PAULO SANT’ANA

O mel e o caviar

As abelhas nos fornecem o mel, um dos mais nutritivos alimentos para os homens.

O esturjão é um peixe cujas ovas não fertilizadas se constituem no caviar, uma das delícias alimentares mais estupendas e que custa caro como o diabo.

A vaca alimenta com seu leite a humanidade inteira, e o leite de cabra, além de nutritivo, se presta a inúmeras utilidades para o tratamento estético da pele.

Além disso, o gado bovino, o suíno, o ovino e o caprino servem carne para todas as coletividades humanas, servem queijos, salames, presuntos e outras iguarias para os homens.

Estou traçando essas singelas linhas apenas para salientar a importância dos animais para a humanidade.

A galinha, por exemplo, é uma ave que alimenta o mundo inteiro, não só nos quintais mas em quantidade colossal de exportação. No caso do Brasil, são elevadas as divisas que nosso país alcança com sua remessa comercial para o estrangeiro.

Além disso, as galinhas nos fornecem uma das fontes nutricionais mais ricas e proverbiais: os ovos.

No caso dos cães, os benefícios que os homens deles usufruem são de outra natureza: sentimental.

O equilíbrio emocional que os homens têm muitas vezes deriva das relações de amizade entre os cães e seus donos, sendo até aconselhado por psiquiatras e psicólogos que pessoas portadoras de distúrbios emocionais ou mentais adquiram um cão para lhes fazer companhia, com o que aqueles desvios serão atenuados ou muitas vezes extintos.

Quanto ao cavalo, a sua ligação umbilical com o homem chegou ao ponto de na Roma Antiga o imperador Calígula ter nomeado o seu cavalo preferido, Incitatus, senador da República, chegando quase a designá-lo cônsul.

O cavalo é certo que serviu ancestralmente para o transporte de materiais e cargas, foi fundamental para as guerras, serve ainda hoje em muitas cidades para o policiamento das ruas e de eventos.

E serve ainda o cavalo para diversão e esporte dos homens, no caso dos amantes do turfe e do hipismo. Ocorre-me neste instante que o único animal que participa da Olimpíada é o cavalo, daí que se cogita com justiça e adequação que no hipismo as medalhas de ouro, prata e bronze não deveriam ser tributadas aos cavaleiros, mas aos cavalos, pelo descomunal esforço e talento que desenvolvem nas competições.

Os animais, tanto como serviçais quanto como mascotes dos homens, além de insumos alimentares e proteção para o frio com seus couros, são principalmente grandes companheiros e camaradas dos humanos, tornando-se assim essenciais para a vida sobre a Terra.

Por isso é que desde a escola temos de aprender a nutrir grande amor e respeito pelos animais.

Temos de venerar até mesmo as serpentes venenosas, os pitbulls e rottweilers que se desgarram da civilidade e assassinam homens.

Por isso é que na Constituição brasileira está inscrito um artigo que impede os homens de extinguir quaisquer espécies animais.

Creio que a nossa Constituição, assim, não considera os insetos como animais, desde que a destruição da formigas e dos gafanhotos (os das pragas nas lavouras) é corrente em todas as latitudes nacionais.