sábado, 21 de dezembro de 2019



21 DE DEZEMBRO DE 2019
+ ECONOMIA

O mistério da energia no horário de verão

Um dado da Companhia Energética de Brasília (CEB) chamou atenção para a possibilidade de o consumo de energia ter subido, sem horário de verão. Houve alta de 7% entre 19h e 21h no Distrito Federal em novembro, comparado ao mesmo mês de 2018, quando ainda havia horário de verão. A coluna foi checar se é um comportamento específico ou disseminado e deparou com um pequeno apagão de dados.

Na Região Sul, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aponta alta na carga de 3% no mês passado em relação a igual período do ano anterior. O indicador não é igual: o da CEB é chamado de "demanda instantânea", que ocorre em um momento dado. Carga é o total oferecido, conforme a necessidade. Mas ambos refletem aumento no uso de eletricidade. A CEEE alega que, como tem ações em bolsa, não pode informar dados específicos. 

Até há pouco tempo, a companhia divulgava demanda instantânea. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que acompanham o consumo, não atualizaram os dados de novembro até agora. Especialistas afirmam que o horário de verão não economizava tanta energia quanto nos primeiros anos, mas caso a retomada se consolide, será essencial avaliar o impacto do fim do horário de verão.

A SEMANA QUE EU VI

dólar contido

Depois de encostar em R$ 4,30, a cotação do dólar murchou lentamente até se reaproximar de R$ 4. O principal motivo foi a cena externa, com trégua na guerra comercial entre EUA e China mas novos sinais de retomada econômica no Brasil ajudaram. Na sexta, houve repique.

lista de compras

Com a aquisição da brasileira Nakata, por R$ 457 milhões, na terça-feira, a Fras-le, parte da Empresas Randon, acumula sete compras em dois anos. A estratégia é reforçar receita na distribuição, menos instável do que a produção. Ainda há uma lista de compras, mas só após intervalo de até um ano.

ajuda do stf

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que devedores que declaram ICMS e não pagam podem responder criminalmente. Há pendências de R$ 4,7 bilhões no Estado. Não há perspectiva de recuperação imediata, mas a Fazenda ganha instrumento de pressão para cobrar dívidas.

reforço elétrico

Mesmo em leilão de reforço (não de expansão, portanto menos abrangente), o Rio Grande do Sul se credenciou a receber aporte de R$ 681,6 milhões em transmissão de energia. A CTEEP vai reforçar a ligação elétrica em Caxias do Sul, com quatro subestações e 169 quilômetros de linhas.

MARTA SFREDO

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