quinta-feira, 31 de outubro de 2013


31 de outubro de 2013 | N° 17600
PAULO SANT’ANA

Que sofrimento aqui em Curitiba

Bárbaro e chocante crime no Rio de Janeiro foi verificado ontem. A cabeça decepada de um homem foi deixada dentro de uma mochila na frente da casa de sua esposa, que é PM no Rio de Janeiro e serve numa UPP.

Criminosos extirparam os olhos do marido da mulher e todos os seus dentes. E deixaram ali na mochila a cabeça do marido para que ela a vislumbrasse.

É um crime inominável. Não há castigo na lei brasileira proporcional a esse horrendo atentado à vida e dignidade humanas. Só a pena de morte poderia indenizar penalmente esse terrível assassinato.

Por isso é que, depois de não ser adepto da pena de morte durante quase toda a minha vida, aderi à ideia de que o Brasil tem de adotar essa pena máxima em seus estatutos.

Um crime revoltante. E certamente os seus autores o praticaram porque sentem-se impunes e livres da ameaça de virem a ser enforcados ou eletroplessados. O homem foi morto pelos bandidos somente porque os autores tomaram represália contra sua mulher, que é PM da Unidade de Polícia Pacificadora.

Um sogro invadiu a casa de um genro em Caxias do Sul e matou o marido de sua filha com cinco tiros.

E se os filhos do genro, se é que existem, crescerem e passarem a culpar o avô pelo brutal assassinato? Que terrível tragédia familiar!

Vim para Curitiba, onde estou hoje, para ver de perto a partida decisiva que o Grêmio disputou ontem contra o Atlético Paranaense.

Não tenho dúvida de que dias antes dos jogos o Renato Portaluppi não divulga a escalação do seu time para não ser antecipadamente criticado.

Se tivesse anunciado a escalação do Grêmio antes do jogo contra o Coritiba, o mundo desabaria sobre ele por ter escolhido Biteco e Adriano para atuarem naquele jogo.

Eu seria um que poria a boca no trombone por esse gigantesco absurdo. Olhem, queridos leitores, a derrota do Grêmio por 0 a 1 ontem foi dos males o menor.

Com 1 a 0 apenas, o Grêmio pode reverter o resultado na Arena, basta que o time jogue bem e a torcida invada o nosso estádio e leve o time tricolor à frente com vontade.

Um a zero é pouco, dá para virar.

Mas agora o Grêmio precisa se voltar para o Brasileirão, onde decide tanto ou mais que na Copa do Brasil.

Eu estava aqui em Curitiba, sofrendo como um bicho junto com a torcida Geral.

Mas valeu a pena, com o Grêmio onde o Grêmio estiver.

Que pena, que pena aquele gol que o Grêmio perdeu no penúltimo minuto de jogo. Se aquela cabeçada entra, a história seria outra.