segunda-feira, 2 de dezembro de 2013


02 de dezembro de 2013 | N° 17632
PAULO SANT’ANA

Zé Roberto gigantesco

Ontem me desconheci. Tirei do fundo do baú uma camiseta oficial do Grêmio. Vestia-a no início da tarde e pus por cima dela uma jaqueta bela do Grêmio. Calça, tênis, esqueci-me do radinho, mas eu estava fardado para ser gremista.

O dia era importante. Era necessário vencer o Goiás, o Grêmio se classificaria assim para a Libertadores do ano que vem, o que nos diferenciaria do tradicional adversário, o Inter, que ainda penava teórica e remotamente para não ser rebaixado.

Não sei que influência exótica do signo do zodíaco atuou sobre mim para ser gremista. Meu pai era gremista, no entanto, o meu irmão Cirilo, que tinha dois anos menos que eu, saiu colorado. Não foi, portanto, a hereditariedade que influiu para eu ser gremista.

Deve ter sido uma ultrafatalidade de ossatura e músculos, conjugada com meus neurônios, que me fez ser gremista.

Pois assim lá estava eu à tarde de ontem ridiculamente fardado de gremista e pronto para dirigir-me à Arena para o que desse e viesse.

Lá fui eu juntar-me às dezenas de milhares de gremistas que tinham os corações repletos de esperanças na vitória.

Para se chegar à vitória é preciso ter esperança. Mas esperança não nos faltava ontem no fim da tarde. Faltava-nos apenas um time. Sobre isso é que pretendo falar nas linhas seguintes.

Mas o dia seria esplendoroso para o Grêmio. Zé Roberto teve uma utilidade técnica e tática que a maioria das pessoas não enxerga e inclusive o Renato, que o substituiu erradamente.

Foram magistrais na vitória de ontem, além de Zé Roberto, Souza, Rhodolfo e Bressan.

Rhodolfo foi extraordinário, Fábio Koff tem que usar de toda a força de seu talento para manter Rhodolfo no Grêmio em 2014, isso é fundamental.

Além de tudo, aconteceu um milagre. O Santos, sem nenhum interesse mais no campeonato, ganhou do Atlético Paranaense, o Santos fora de casa. Isso é um prodígio.

Esse resultado deu ao Grêmio praticamente o título tranquilo de vice-campeão brasileiro. Que tarde/noite! Eu vivi com isso tudo o dia mais feliz do ano. Hosanas! Como é bom viver!

Meus pêsames aos que secaram o Barcos durante todo este tempo: ontem se arrebentaram, o Barcos fez o voo da classificação.


Dida e Barcos, ontem Dida foi magistral, os dois que eu indiquei para Fábio Koff deram-nos a classificação.