sábado, 5 de outubro de 2024


05 de Outubro de 2024
GPS DA ECONOMIA - Marta Sfredo

Por que boa notícia virou polêmica

O principal motivo para a polêmica formada com a melhora da nota de crédito do Brasil pela Moody?s é o tamanho da dívida pública brasileira, considerado elevado para emergentes como o Brasil. Esse indicador sempre é avaliado em proporção ao PIB, que é a capacidade de gerar riqueza. O nacional é superior ao de China e Índia, por exemplo (veja gráfico abaixo).

Existem pesos de dívida sobre o PIB muito maiores, como os de Japão e Estados Unidos, mas em países desenvolvidos e com moedas fortes. Mesmo assim, foram origem da recente queda de 12% na bolsa japonesa e constantes riscos de shutdowns (fechamento de serviços federais) nos EUA, um dos quais agora, às vésperas da eleição.

Apenas para impedir que a dívida aumente, o Brasil precisa de superávit primário de 1% do PIB. O que a equipe econômica tenta é reduzir o déficit a 0,25% do PIB, no máximo. Seria um buraco de R$ 28,7 bilhões em todo 2024, mas só até agosto o rombo é de R$ 99,9 bilhões. Boa parte desse problema é comum a todos os governos, obrigados a gastar para enfrentar a pandemia. Agora, é preciso controlar as despesas, para que não ocorra shutdown no Brasil. Sem mudanças, até 2027 as despesas obrigatórias crescerão tanto que não sobrará receita para investir. _

Acelerar startups para reconstruir

Parte do RegeneraRS, fundo privado de apoio ao Estado, o Grupo Fleury (dono do Weinmann) vai acelerar startups com foco na reconstrução do RS. A empresa vai validar o modelo de negócio e ajudar a entrar no mercado. A seleção será feita pelo programa Impacta, realizado todos os anos pelo Fleury.

O grupo prevê abrir inscrições no início do próximo ano. Segundo Andrea Bocabello, diretora-executiva de Estratégia, Inovação e ESG do Grupo Fleury, o foco está nas áreas de saúde, construção e crédito. _

Marca de chocolate devastada por cheia abre loja na Capital

Em janeiro, a marca de doces saudáveis True Bites foi mostrada em telões da Times Square, em Nova York. Em maio, no entanto, a empreendedora Paula Moraes teve de adiar o início de seu negócio.

A unidade de produção, construída no bairro Anchieta a poucos dias da enchente, foi devastada pela água. Só sobraram 500 barras de chocolate vegano, sem glúten e açúcar refinado, que não estavam no local e serviram de alavanca para manter à tona a empresa quase destruída.

Em junho, a empreendedora começou a vendê-las, trocando True Bites por True Chocolate. A produção também teve de ser remontada na região central de Porto Alegre.

Agora, Moraes se prepara para abrir até dezembro uma loja só de chocolates, a Just Chocolate, na Galeria Casa Prado, no Moinhos de Vento.

A unidade vai vender barras de chocolate, trufas e confeitos de produção própria e de outras empresas parceiras. A True Chocolate oferece oito versões de chocolate, com preço médio de R$ 30 por barra. Segundo Moraes, a favorita dos clientes leva leite de aveia, castanha de caju, caramelo de açúcar de coco e flor de sal.

As cores da embalagem, diz a empreendedora, são inspiradas na Tony?s, marca que se propõe a combater a escravidão.

- Estamos vendendo muito bem. Já entrei em Canela, nem pensava. É uma superação ver a True (Bites e Chocolate) e a Just Chocolate tomando forma.

No próximo ano, a empreendedora vai abrir uma confeitaria saudável, sua primeira True Bites, também no bairro Moinhos de Vento. Ainda prevê expandir para São Paulo e Porto Belo (SC). Com a Just Chocolate, pretende crescer em franquias. _

faria lima de miami

Com operação em Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Cruz do Sul, a Origem Invest, assessoria de investimentos credenciada pelo Banco Safra, vai abrir em janeiro de 2025 unidade na região de Brickell, a "Faria Lima de Miami". Hoje, dos 1,7 mil clientes, 80 investem nos EUA. O CEO, Thiago Hoffmann, estuda instalar escritórios também em São Paulo, Blumenau e Florianópolis.

Joe Biden, presidente dos EUA, havia feito o petróleo saltar 5% na quinta, mas na sexta se corrigiu, dizendo que não está decidido que Israel vá atacar a infraestrutura de energia do Irã. O barril subiu 0,55% na sexta e 8,4% na semana.

GPS DA ECONOMIA

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