Decolagem autorizada
O retorno dos voos no aeroporto Salgado Filho, a partir de segunda-feira, é um dos mais importantes marcos do reerguimento do Rio Grande do Sul após a enchente de maio. A volta dos pousos e decolagens em Porto Alegre, cinco meses e meio depois de o terminal e a pista serem alagados, significa o começo da normalização do tráfego aéreo no Estado. A ligação com os principais centros do país ganha em agilidade, a oferta de assentos se aproxima da demanda e, por consequência, os preços das passagens passam a se acomodar.
A reabertura do aeroporto da Capital dará um empurrão decisivo para uma série de segmentos econômicos que dependem da regularização da malha aérea para recobrar o fôlego. Permitirá a volta a pleno do turismo no Rio Grande do Sul e fará com que os setores de cultura, viagens corporativas e de eventos tenham condições de reviver a normalidade, com benefícios para os negócios de hotelaria e gastronomia, entre outros.
A retomada do Salgado Filho permitirá ainda, aos poucos, o reinício do transporte de cargas por via área, utilizado em especial para produtos de maior valor agregado. Para os gaúchos que viajam a lazer ou por compromissos profissionais, da mesma forma será o fim de um período conturbado em que deixar o Estado e retornar se tornou uma maratona onerosa por muitas vezes terem de utilizar aeroportos alternativos da malha emergencial organizada às pressas em outras cidades, inclusive de Santa Catarina, a preços exorbitantes.
Os dias de transtornos e prejuízos econômicos com a paralisação do Salgado Filho começam a ficar para trás. Mesmo que o momento justifique celebrações, ainda é preciso cobrar as medidas e as precauções necessárias para que o mesmo caos não se repita no futuro.
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