quarta-feira, 17 de junho de 2020


17 DE JUNHO DE 2020
RBS BRASÍLIA CAROLINA BAHIA

Ainda na promessa

O plano do governo que oferece financiamento para socorrer pequenas empresas na pandemia vai fazer um mês no final desta semana e ainda não saiu do papel. Ontem, a Caixa Econômica Federal abriu a linha para contratação. Ainda não se sabe se os empresários vão se interessar. Apesar do juro baixo, as empresas precisam se comprometer a manter o mesmo número de empregos pelos 36 meses do prazo para o pagamento.

Congresso define data das eleições

As eleições municipais deste ano devem ocorrer entre os dias 15 de novembro e 20 de dezembro. O Congresso aguarda o encaminhamento dessa proposição pelo presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, para colocar o tema em votação e fechar as datas do primeiro e do segundo turno. A janela foi definida em reunião de Barroso com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia, além de líderes partidários. Com isso, fica descartado o adiamento para 2021 como defendia, por exemplo, a Confederação Nacional dos Municípios.

Atos antidemocráticos

Ex-secretário de Segurança de São Paulo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes resolveu seguir o rastro do dinheiro no inquérito que investiga atos antidemocráticos. Com a operação de ontem da Polícia Federal, ele quer descobrir quem banca a turma que se mobiliza a favor da intervenção militar, do AI-5 e que joga foguete contra o prédio da Suprema Corte.

Moraes determinou a quebra dos sigilos de onze parlamentares bolsonaristas para apurar se eles ajudaram a financiar esses grupos. Estão na lista, os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Caroline de Toni (PSL-SC) e o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ).

Vale lembrar que a preocupação com investigações direcionadas a parlamentares aliados foi um dos motivos da briga do presidente Jair Bolsonaro com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. De acordo com relatos do ex-juiz da Lava-Jato, Bolsonaro teria dito que a apuração contra deputados federais aliados seria mais um motivo para a troca do diretor-geral da Polícia Federal. Moro caiu, houve substituição no comando da PF, mas as investigações avançam.

A resposta de Moraes é técnica, mas também política. Pelo jeito, tão cedo não haverá trégua.

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