sexta-feira, 17 de junho de 2022

 A evolução dos livros e das pessoas


EDITORA INTRINSECA/DIVULGAÇÃO/JC
Jaime Cimenti

O livro, especialmente na sua forma impressa, ainda é um dos objetos de design mais fascinantes criados pela humanidade e , sem ele , certamente a evolução e a história das pessoas seria muito diferente.

Infinito em um junco: A invenção dos livros no mundo antigo (Editora Intrínseca. 496 páginas, R$ 89,90, tradução de Ari Roitman e Paulina Wacht) da filóloga, ensaísta e escritora espanhola Irene Vallejo, por sua profundidade, extensão e originalidade é obra que nasce clássica sobre a história do livro no mundo antigo, desde a criação da Biblioteca de Alexandria até a queda do Império Romano.

O livro tornou-se best-seller, foi traduzido em mais de 30 idiomas e recebeu o Prêmio Nacional de Ensaio do Ministério da Cultura da Espanha (2020) e o El Ojo Crítico de Narrativa (2020) e elogios calorosos de Mario Vargas Llosa, Nobel de Literatura. Os jornais The New York Times e El País, entre outros, destacaram o amor pelos livros e pela leitura que envolve a obra e sua grandiosidade e universalidade.

A narrativa pungente, bem fundamentada e envolvente é uma grande e bela representação da aventura coletiva protagonizada por milhares de pessoas que, ao longo do tempo, protegeram e tornaram o livro possível. Muitas delas anônimas, como contadores de histórias, escribas, iluminadores, tradutores , vendedores ambulantes, professores, freiras, rebeldes e aventureiros.

Ao longo da história os livros foram amados e odiados, estiveram em meio a disputas de poder e mortes e perseguições até hoje ocorrem. O grande livro-ensaio de Irene nasceu para responder quando surgiram os livros, qual a história secreta de quem queria multiplicá-los ou terminar com eles, o que se perdeu no caminho e o que se salvou e porque alguns livros tornaram-se clássicos. A autora responde as questões de forma cativante e informativa. Sem exagero, muitos consideram o livro uma obra-prima.

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