
Fracasso das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia
Não deu certo a reunião que poderia culminar em um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, na Turquia, ontem. O presidente russo, Vladimir Putin - que foi quem tomou a iniciativa de marcar o encontro -, não compareceu. O líder ucraniano, Volodimir Zelensky, até chegou a ir a Istambul, mas, em resposta, decidiu também não aparecer no encontro, por "não ter nada a fazer lá", nas suas palavras.
- Sentimos o desrespeito russo. O nível de comunicação e da delegação enviada é um desrespeito pessoal. Um desrespeito a mim, ao presidente Trump, ao secretário Marco Rubio e aos ministros turcos e ucranianos, que estão todos aqui. Cadê os ministros russos? - afirmou Zelensky em coletiva de imprensa.
Do lado russo, esteve presente uma delegação de baixo escalão. Havia a expectativa de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aparecesse, mas, diante da ausência do Kremlin, ele também decidiu não participar.
Eu acho que foi uma reunião nem de segundo, mas de terceiro escalão. Mas quem decide não é o terceiro escalão - comentou o professor de Relações Internacionais da ESPM-SP, Roberto Uebel, à coluna.
Segundo o professor, hoje Moscou conta com mais poder diante da possibilidade de iniciar um acordo de paz.
- Acho que hoje essa bola, digamos assim, está mais do lado do Putin do que de Zelensky. Está muito claro que Kiev tem interesse em uma negociação de cessar-fogo, de interrupção dos ataques, mas a Rússia está jogando com o tempo. Não é do interesse deles, neste momento, negociar. As cartas estão na mão de Moscou - afirmou Uebel.
Zelensky chegou a cobrar, nos últimos dias, apoio do presidente Lula diante do conflito. O brasileiro disse que, se tivesse oportunidade, conversaria com Putin para sentar à mesa junto ao ucraniano.
- Não acho que o Brasil tenha força para mediar o conflito. O que vejo, sim, é que tem até capacidade de construir uma ponte, porque tem uma boa relação com a Rússia, os dois estão no Brics. Mas mediar o conflito, acho muito difícil. Convencer o Putin também é difícil, mas pelo menos é um bom mensageiro - explicou o professor.
O quase encontro ocorreu na Turquia, do outro lado do Mar Negro. Não é a primeira vez que o país liderado por Recep Tayyip Erdogan atua como mediador do conflito. O país é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Alguns líderes da União Europeia não concordam com esse posicionamento de interlocutor, mas a população dos países já contesta o aporte de recursos para o conflito. _
Bazar digital criado na enchente completa um ano
O Instituto Ilumina, rede de solidariedade que organiza vendas de itens de luxo via WhatsApp para ações beneficentes, completa hoje um ano de atividades.
Nesse período, boa parte dos recursos arrecadados ajudou vítimas das chuvas no RS. A iniciativa começou quando a arquiteta paulistana Bárbara Jalles divulgou nas redes sociais uma peça para "desapego", pedindo à compradora que doasse o valor diretamente a uma instituição de caridade do RS.
A jornalista gaúcha Tanise Dutra aderiu à ideia. Posteriormente, a podcaster Patricia Spinelli e a relações públicas Isabel Foz integraram-se ao projeto.
Com mais de mil membros, a iniciativa recebe apoio de marcas de vestuário, alimentação, educação, beleza e bem-estar. Ao todo, 19 instituições já foram beneficiadas no país e no RS. _
Cooperativas do RS na Espanha
Desde o início da semana, dirigentes de cooperativas do RS participam de uma missão técnica no País Basco, comunidade autônoma da Espanha, para conhecer o modelo de governança e gestão da Corporação Mondragon, referência mundial no setor.
A comitiva é formada pelas 11 cooperativas vencedoras do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão RS, em iniciativa promovida pelo Sistema Ocergs.
A Mondragon, estudada por universidades como Harvard e MIT, opera como uma rede de mais de 90 cooperativas interconectadas, atuando em setores como manufatura, finanças, varejo e educação, com mais de 80 mil colaboradores. A programação incluiu visitas à sede do grupo e à Universidade de Mondragon, com encerramento previsto para amanhã. _
Lula comparece ao velório de Mujica
O presidente Lula esteve, ontem, em Montevidéu no velório de Pepe Mujica, ex- presidente do Uruguai e um dos líderes da esquerda latino-americana que morreu na terça-feira.
- O que é gratificante para nós seres humanos é que uma pessoa como Pepe Mujica não morre. Se foi o corpo dele, a carne dele se vai. Mas as ideias que Pepe Mujica plantou em todos esses anos, inclusive a generosidade de um homem que passou 14 anos no cárcere e conseguiu sair para a liberdade sem nenhum ódio das pessoas que o aprisionaram, das pessoas que o torturaram, não se vão - destacou.
Lula destacou a trajetória de Mujica - a quem classificou como um "ser humano superior". Em dezembro, o presidente visitou o uruguaio e o condecorou com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta honraria oferecida pelo Brasil a estrangeiros. _
O delegado nacional no Comitê Científico de Pesquisas Antárticas do Conselho Internacional de Ciências e professor da UFRGS, Jefferson Simões, participou na quarta-feira de uma audiência na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática do Senado. No evento, apresentou o Programa Antártico Brasileiro (Proantar).
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