
Tensão dos brasileiros em universidades americanas
A medida do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de proibir a Universidade de Harvard - a mais antiga e prestigiosa do país - de admitir estudantes estrangeiros fez com que professores e alunos brasileiros de diversas instituições em solo americano ficassem apreensivos diante do cenário que pode se desenrolar nos próximos capítulos da batalha entre a Casa Branca e o ensino superior.
Harvard chegou a processar o governo na manhã de sexta-feira, contestando a revogação abrupta. Uma juíza de Boston concedeu uma liminar suspendendo temporariamente o decreto federal. Mas o alerta segue aceso.
A coluna conversou com um pesquisador visitante em Harvard, que afirmou que a situação é tensa e de "incerteza generalizada" diante dos próximos passos de Trump.
- Isso é um alerta para todas as universidades, não só contra Harvard. Na verdade, me parece uma estratégia do governo para enfrentar a faculdade mais poderosa. Se ela se curvar, fica evidente para todas as outras que não adianta resistir. Acho que essa questão não tem muito a ver com antissemitismo ou com ideologia woke; é algo que vimos na Hungria e em outros países, onde governos buscam maior controle sobre as universidades.
Segundo o pesquisador, que preferiu não ser identificado, ainda há muita incerteza sobre o que vai acontecer:
- Há muitos boatos, mas tanto alunos quanto professores aguardam orientações sobre como proceder. O dano, porém, já está feito. Converso frequentemente com estudantes recém-aceitos, e muitos têm ofertas de outras instituições, inclusive de fora dos EUA. Entendo se alguns optarem por universidades em outros países ou até em outras faculdades americanas, diante do risco.
A universidade encaminhou um e-mail à comunidade internacional. Segundo o comunicado assinado pelo presidente de Harvard, Alan Garber, a revogação é uma retaliação "por nossa recusa em abrir mão de nossa independência acadêmica". A nota também afirma que a medida coloca em risco o futuro de milhares de estudantes e serve de alerta para todo o país. Aos estudantes, disse: "Saibam que vocês são membros vitais da nossa comunidade".
Trump acusa Harvard de promover o antissemitismo e de ter ligações com o Partido Comunista da China.
Harvard tem cerca de 30% de estudantes estrangeiros - quase 7 mil de seu corpo discente.
A coluna também conversou com um professor brasileiro de uma universidade de Washington. Segundo ele, a avaliação jurídica entre docentes e instituições é de que a decisão de Trump "vai cair", por falta de embasamento legal de suas acusações e por ser difícil revogar coletivamente vistos. A universidade onde ele leciona está orientando alunos a não deixarem o país nas férias de verão. O novo ano letivo começa em setembro.
- Estamos sugerindo que não viajem, pois podem não conseguir voltar. Inclusive, a universidade vai manter dormitórios abertos - contou. - Os alunos estão frustrados, estar aqui é uma conquista pessoal. Eles se sentem ameaçados.
Demais universidades
Outra preocupação é de que este é apenas mais um entre os vários conflitos entre Trump e as universidades. Em abril, o presidente americano cortou bilhões em repasses federais para instituições de ensino. No caso de Harvard, o corte foi de US$ 2 bilhões.
- Algumas universidades estão cogitando ativar campi fora dos EUA - completou o professor. _
Prisioneiros russos e ucranianos libertados
Rússia e Ucrânia libertaram 390 prisioneiros cada nesta sexta-feira. As duas nações também disseram que vão libertar mais nos próximos dias. Espera-se que essa seja a maior troca de prisioneiros desde o início da guerra, em 2022. Desde o começo das tentativas para um acordo de cessar-fogo, a troca dos detidos foi o único passo concreto em direção à paz.
O Ministério da Defesa russo disse, na sexta-feira, que cada lado havia liberado 270 soldados e 120 civis. O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, confirmou o total de 390 cada um. A expectativa é de que mais prisioneiros sejam liberados no sábado e no domingo. _
Mais uma Festa da Rua
A comunidade judaica gaúcha se reúne domingo para a Festa da Rua, com cultura, arte e gastronomia, das 10h às 17h, na Hebraica (Rua João Telles, Bom Fim, Porto Alegre). Haverá abertura solene às 13h, com a participação de ONGs, como o Coletivo das Pretas, a Camarata da Lomba do Pinheiro e a Orquestra Villa-Lobos. Também estarão o Coral da Restinga e a ONG Lê Pra Mim. O evento terá exposição de obras de artistas plásticos e lançamentos de livros. Um dos destaques é a obra Uma Estrela no Pampa (SLER Books), do jornalista Léo Gerchmann, que narra a trajetória da Federação Israelita do RS e da comunidade judaica no Estado, às 13h30min. _
Eu não sou um biscuit de porcelana. Eu não vou ao jantar só para acompanhar meu marido.
Janja da Silva
Afirmou a primeira-dama ao podcast "Se ela não sabe, quem sabe?", do jornal Folha de S.Paulo, sobre episódio do "mal-estar diplomático" na China. Segundo ela, não houve quebra de protocolo, já que estavam em um jantar conversando.
Biometano na rede de gás natural de Triunfo
A Sulgás deu o pontapé inicial nas obras que viabilizarão a injeção de biometano na rede de gás natural da companhia em Triunfo. Trabalhos começaram nesta semana e a expectativa é de que o sistema opere ainda em 2025.
O novo gasoduto, que interligará a Bioo (empresa produtora de biometano e parceira da Sulgás) à infraestrutura de distribuição, tem cerca de 4 quilômetros. A companhia estima que 30 mil m³/dia de biometano contratados serão injetados na rede a partir do sistema. A obra tem investimento da parte da Sulgás, que é a distribuição do biometano, de R$ 5 milhões. O biometano é gás 100% renovável e, no caso da planta de Triunfo, será produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos da agroindústria do RS. _
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