sexta-feira, 30 de maio de 2025

Primeira usina de biometano da CRVR deve operar em julho em Minas do Leão

Planta industrial de biometano está preparada em Minas do Leão; matéria-prima do biogás é composta de resíduos urbanos

Anuário de investimentos BRDE - Hotsite

A estrutura já está toda pronta em Minas do Leão para a operação comercial, aguardada para julho deste ano, da sua primeira usina de produção de biometano a partir de biogás purificado, gerado a partir dos resíduos urbanos do aterro operado pela Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR).

Simultaneamente, avançam as obras para erguer, em São Leopoldo, a segunda planta de produção do combustível que poderá ser usado tanto para veículos, residências ou indústrias. Esta, com metade da capacidade de produção de Minas do Leão, deve entrar em operação no segundo semestre de 2026.

Ao todo, os dois projetos demandam nestes últimos anos R$ 250 milhões, dos quais, R$ 40 milhões são desembolsados neste ano na fase final da usina na Região Centro-Sul e R$ 71 milhões na fase de construção da segunda usina, no Vale do Sinos.

"Estamos com a licença (ambiental) de operação concretizada e agora estamos na fase de comissionamento para termos a liberação pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para a comercialização do biometano. Trabalharemos como uma produtora, e não distribuidora, por isso já firmamos um contrato com a Ultragaz, que vai distribuir a maior parte do que produzirmos. Iniciaremos a operação em Minas do Leão com uma capacidade de 45 mil metros cúbicos por dia, que em pouco tempo já deve escalar para 60 mil metros cúbicos", aponta o diretor-presidente da CRVR, Leomyr Girondi.

Enquanto a planta de Minas do Leão terá capacidade para produzir até 66 mil metros cúbicos de biometano por dia, em São Leopoldo, a estrutura será capaz de gerar 34 mil metros cúbicos. Segundo Girondi, os equipamentos para a montagem da operação propriamente dita devem chegar ao Estado em agosto deste ano.

Com um investimento de R$ 100 milhões, a Ultragaz distribuirá o novo combustível, no entanto, uma cota de pelo menos 20 mil metros cúbicos por dia seguirá com a CRVR para levar adiante, como afirma Leomyr Girondi, um dos seus principais projetos futuros, que é o de garantir toda a sua frota de caminhões movida pelo biometano gerado nas suas operações.

Operações avançam para a Fronteira Oeste

"É o complemento de uma cadeia produtiva limpa que temos desenvolvido no Estado", explica o diretor.

A partir de Minas do Leão, já é gerada energia elétrica a partir do biogás e, desde o ano passado, a empresa já tem a licença ambiental para a maior planta de tratamento de efluentes do Rio Grande do Sul.

Segundo Girondi, neste ano a CRVR desembolsa outros R$ 58 milhões em melhorias nas estruturas de cinco unidades, especialmente com aberturas de novas células para o tratamento de resíduos. E há ainda o plano de expansão em direção à Fronteira Oeste. São investidos R$ 15 milhões para erguer uma nova unidade em Alegrete, com a projeção de receber até 400 toneladas diárias de resíduos vindos de 13 municípios da região.

Anuário de investimentos BRDE - Hotsite

A expectativa da empresa é avançar ainda neste ano com as licenças ambientais e operar em Alegrete no início de 2026. Atualmente, a CRVR gerencia sete unidades no Rio Grande do Sul.

Ficha técnica

Investimento: R$ 184 milhões (total: R$ 323 milhões)

Estágio: Em execução até 2026

Empresa: CRVR

Cidades: Minas do Leão, São Leopoldo, Alegrete

Área: Indústria

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