
Precisamos falar sobre os problemas das crianças reais
Saltz ganha de goleada e deve se manter no comando do MP
Com tantas crianças precisando de atenção, é inacreditável que os brasileiros estejam perdendo seu tempo com um não assunto como os bebês reborn. Depois de ter criticado os parlamentares que gastam nosso dinheiro fazendo projetos sobre essa anomalia que não pode nem ser chamada de febre - a dos bonecos hiper-realistas -, esta coluna só retoma o tema para sugerir que nós, cidadãos sem mandato, voltemos nossos olhos para os problemas dos bebês de verdade.
É verdade que crianças reais não dão cliques nem é possível "monetizar" vídeos de mães na fila do SUS, mas será que vale a pena gastar energia com bonecos que parecem gente?
Nem nossa indignação com a falsa polêmica tem importância. Para cada comentário sobre esses bonecos, quantos você leu no fim de semana sobre a dificuldade de adoção de crianças com mais de seis anos? Sim, o Ministério Público organizou uma corrida no Centro Esportivo da PUCRS para chamar atenção, mas quem se importa com crianças crescendo em abrigos, sem uma família para chamar de sua?
Se estamos atrás de assuntos relevantes sobre a infância, que tal focar na cobrança aos prefeitos que prometeram na campanha zerar as vagas em creches? Ou discutir as alternativas para que tenham atendimento mais rápido nestes tempos de aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave? Ou no que precisa ser feito para que não sejam vítimas da violência dentro de casa?
No mundo, problemas se multiplicam
As crianças reais são as maiores vítimas das guerras feitas por adultos, seja na Ucrânia ou na Faixa de Gaza, por bombardeios ou por falta de alimento ou remédio. Se crianças de carne e osso não comovem o mundo, só uma doença social pode explicar tanto barulho em torno de bonecos de silicone ou de vinil, popularizados por influenciadores que não separam a realidade da encenação para enganar incautos.
E as crianças desnutridas da África pobre? Por que só aparecem no radar dos médicos sem fronteira, se continuam morrendo de fome e doenças tratáveis? Pense nisso antes de curtir ou compartilhar essas produções do mundo bizarro que só revelam indigência intelectual . _
Saltz teve mais que o dobro dos votos dos promotores que completam a lista tríplice. Fez 516 votos, contra 230 de Lisandra Demari e 217 de Luciano Vaccaro.
O governador não é obrigado a escolher o mais votado, mas com essa diferença Saltz torna-se o favorito para mais um mandato na chefia do Ministério Público. A lista tríplice deve ser entregue a Leite hoje. O governador tem 15 dias úteis para escolher um dos três indicados. _
Alckmin leva convite ao papa Leão XIV para vir ao Brasil na COP de Belém
Terra troca, enfim, o MDB pelo PL
A nota em que Terra finalmente confirmou sua saída do MDB tem como título "Uma trajetória com princípios não se curva a conveniências".
Embora tenha se aliado a Bolsonaro quando ele ainda era presidente, Terra, que na juventude foi ligado ao Partido Comunista, atribui a saída do MDB à participação no governo Lula. O deputado começou a se afastar do MDB em 2020, quando negou a gravidade da covid e fez previsões equivocadas sobre a duração da epidemia. _
Emergência na saúde do RS
Secretaria para mulheres é incerta
O Diário Oficial de hoje deve trazer o decreto do governador Eduardo Leite declarando "estado de emergência em saúde pública em todo o território do Estado do Rio Grande do Sul, para fins de prevenção e de enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave - SRAG".
Inicialmente, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, falou em decretação de calamidade, mas o texto encaminhado ao Piratini é de emergência _
Antes de decidir se atende ou não pedido de recriação da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres, feito por deputados na semana passada, quando estava nos Estados Unidos, o governador Eduardo Leite quer mostrar à Assembleia tudo o que o seu governo já fez nessa área.
O chefe da Casa Civil, Artur Lemos, que faz a interlocução com os deputados, diz que o tema ainda não foi discutido no núcleo do governo. _
Católico praticante, o vice-presidente Geraldo Alckmin recebeu com emoção a tarefa de representar o Brasil na missa inaugural do papa Leão XIV. Alckmin viajou a Roma acompanhado da esposa Lu, tão ou mais fervorosa do que ele.
Alckmin foi encarregado pelo presidente Lula de levar ao Pontífice o convite para participar da COP 30, em Belém. A expectativa do governo brasileiro é de que, se não aceitar o convite para a conferência do clima, por questões de logística, o Papa marque outra visita ao Brasil, um dos países de maior população católica do planeta, embora venha perdendo fiéis para igrejas neopentecostais.
O vice-presidente sentou-se na ala reservada aos chefes de Estado, atrás do presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky.
Após a missa, disse que lembrou do tempo em que foi coroinha, quando a missa era celebrada em latim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário