segunda-feira, 12 de outubro de 2015



12 de outubro de 2015 | N° 18322+ ECONOMIA | 
Marta Sfredo

QUANTO CUSTARÁ O CUNHA FISCAL


Cunha fiscal é uma expressão usual no universo financeiro, que designa a parte dos ganhos dos bancos que o governo abocanha ou esteriliza, em forma de impostos, no primeiro caso, e de depósito compulsório, no segundo. Neste ano, o Brasil conheceu o Cunha fiscal, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Enquanto a economia afundava em incertezas, ele projetava a pauta-bomba para explodir a tentativa de reeequilibrar a situação fiscal do país.

Não era um desconhecido, no noticiário político ou de escândalos. Desde o início da década de 1990, indicava apadrinhados em estatais fluminenses e em Furnas, uma das maiores subsidiárias da Eletrobras. Mais especificamente, tinha interesse no fundo de pensão da estatal, Real Grandeza, que envolvia R$ 7 bilhões.

O conjunto de vetos que articulou para derrubar no Congresso – ao que se sabe, por vingança – provocava rombo adicional de mais de R$ 20 bilhões anuais. Sua disposição de enfrentar a presidente Dilma Rousseff animou a oposição, que via nele também a cunha do impeachment. No sábado, depois de o Ministério Público da Suíça ter confirmado a existência de contas não declaradas por Cunha, seis partidos de oposição pediram seu afastamento. 

Ele, olímpico, ignorou. Amanhã, deve ocorrer nova tentativa de aprovar o veto ao reajuste de até 78,5% para servidores do Judiciário que têm impacto estimado de R$ 25,7 bilhões nos cofres públicos até 2018, conforme o Ministério do Planejamento. Os bancos sabem quanto custa a “cunha fiscal”. Mas ninguém é capaz de calcular, ainda, o custo “do” Cunha fiscal.

CHAVES PARA A MOTIVAÇÃO

Criar um ambiente de trabalho produtivo e saudável é uma tarefa complexa em períodos de crise e, ainda mais, de contenção de custos. Como manter a motivação é fundamental para superar as dificuldades e manter a competitividade, Antônio Bigaton, sócio diretor da Company Group, oferece algumas dicas.

Equipe que trabalha unida permanece unida

Permitir que as pessoas interajam e se conheçam é uma ferramenta simples. Quando os colaboradores descobrem pontos em comum, ou mesmo divergências, apreendem a lidar uns com os outros e ficam mais produtivos. Entendem quais são as dificuldades e criam a cultura de apoio mútuo. O gestor também deve estar perto da equipe. Transmite a certeza de que está disposto a lidar com os problemas.

Capacitação, desafios e feedbacks

Investir em treinamento não precisa custar rios de dinheiro. Os próprios funcionários podem trocar conhecimentos, em pequenos ou grandes grupos. Ajudar a pagar um curso de capacitação é uma boa forma de reter talentos. Feedback é fundamental, não para reclamar, mas para deixar claros pontos essenciais, além de colocar a equipe na mesma página.

Celebre conquistas

Comemorar as conquistas não custa nada e tem efeito na motivação. Quando a equipe atinge metas ou soluciona problemas, é preciso celebrar. Pode ser um café da manhã ou um happy hour. A longo prazo, faz diferença e aumenta a sensação de recompensa. Para dar certo, o reconhecimento não pode vir sem motivo. Precisa ter base no desempenho.

CENTENÁRIA E INOVADORA

Na festa dos cem anos da Peterlongo, a tradição da única vinícola brasileira autorizada a chamar seus espumantes de “champagne” – expressão protegida pela denominação de origem da região francesa – terá borbulhas de inovação. Será celebrada a exportação para a China que, segundo Luiz Carlos Sella, um dos sócios que adquiriu o Estabelecimento Armando Peterlongo SA, pode levar a empresa ao topo do ranking de exportadores do segmento:

– Se 50% do que falam se concretizar, seremos o primeiro exportador do Brasil em 2016. Hoje, somos o quinto.

Sella e outro sócio que não gosta de aparecer compraram a Peterlongo em 2002, ano semelhante ao tumultuado 2015: dólar subindo, muitas incertezas. Os dois assumem empresas em dificuldades, saneiam e passam adiante.

Em tese. Desde 1996, são donos da Rinaldi, que fabrica pneus de motos. E a vinícola, que tem até palacete na Serra (foto), confessa Sella, envolve “paixão”. Paulista e morador de Balneário Camboriú, Sella conta que a Peterlongo havia sido forçada a migrar para produtos menos nobres, mas a nova gestão mudou o rumo.

– Fizemos um trabalho lento e focado no retorno da produção de alta qualidade, bem no período em que os espumantes brasileiros passaram a ser conhecidos.

A exportação, hoje só para Paraguai e Colômbia, deve aumentar com a alta do dólar. A projeção de crescimento de 30% foi encolhida para 10% acima da inflação. Caso se confirme, será festejada. Com um novo vinho, mantido em segredo a ser revelado só na quinta-feira, dia da festa.

Em 25 anos, muita coisa mudou no ranking Grandes & Líderes – 500 Maiores do Sul, parceria da Revista Amanhã com a PwC, que terá edição especial de aniversário na quinta-feira. Randon e Marcopolo sequer apareciam entre as 25 primeiras colocadas em 1991. Hoje, estão entre as 10 maiores do Estado.Em faturamento, o Rio Grande do Sul ainda lidera: as 193 empresas gaúchas listadas somam R$ 174 bilhões no ano passado.

LIGADA NOS 220 V

Protagonista das últimas descargas de inovação no setor automobilístico, a americana Tesla está sob luz alta. Na semana passada, a fabricante que ousou fazer carros elétricos com design obteve as últimas liberações para construir sua “gigafábrica”, para ter suas próprias baterias, no meio do deserto no Estado de Nevada (EUA). Parte das obras já está em andamento. Será, de longe, a maior do mundo, com investimento de US$ 5 bilhões.

Embora não esteja nem entre as 10 maiores do mundo, a Tesla, fundada em 2003 e comandada por Elon Musk, disputa visibilidade em um segmento comandado por empresas com muito mais quilometragem, como Volkswagen e GM. Foi de lá que a Apple “roubou” engenheiros para fazer seu próprio carro, o Projeto Titan. O objetivo de Musk é popularizar o carro elétrico até o final da década. Hoje, modelos como o S (foto acima) não custam menos de US$ 70 mil nos EUA.

DEPOIS DE QUASE NÃO SE REALIZAR, A FESTA DO MAR ENCERRA-SE HOJE, EM RIO GRANDE. NA CIDADE, QUE VIVE EM CLIMA DE SUSPENSE PELA CONFIRMAÇÃO DA MONTAGEM DAS PLATAFORMAS P-75 E P-77, O FATO DE A QGI TER SIDO UMA DAS PATROCINADORAS DA FESTA FOI INTERPRETADO COMO BOM SINAL. AGORA, A EXPECTATIVA É DE UM ANÚNCIO OFICIAL AINDA ESTA SEMANA.