sexta-feira, 31 de agosto de 2018


Estado de que tamanho? 

De que tamanho deve ser o Estado? O que queremos dele? Queremos que ele nos sirva ou que sirvamos a ele? Estado mínimo ou estado máximo? Essas perguntas são antigas e, no decorrer do tempo, já tiveram respostas diversas, em países diferentes e em várias épocas da história. Menos estado e mais liberdade (Faro Editorial, 124 páginas, tradução de Leonardo Castilhone) traz o essencial do pensamento do grande F.A. Hayek, pensador e professor de Ciências Sociais e Morais na Universidade de Chicago e de Economia na Universidade de Friburgo.

Hayek recebeu o prêmio Nobel de Economia em 1974 e escreveu mais de 15 livros, entre os quais O caminho da servidão, The Constitution of Liberty e Law, Legislation and Liberty.

A seleção e organização dos textos sobre mundo complexo, conhecimento e preços, prosperidade individual e ordem espontânea, estado de direito, liberdade e prosperidade, legislação é diferente de lei, falsa segurança econômica e o caminho da servidão, expansão e contração econômicas, a maldição da inflação, o desafio de ser bem-sucedido na sociedade moderna e ideias e suas consequências foi do professor de Economia Donald J. Boudreaux, da Universidade George Mason e do Fraser Institute. Milton Friedman, Prêmio Nobel de Economia, escreveu:

"Nenhuma figura teve influência tão grande sobre os intelectuais por trás da Cortina de Ferro quanto F. Hayek. Seus livros publicados por iniciativas independentes, embasaram a oposição ao regime e contribuíram para o colapso da União Soviética".

O filósofo Karl Popper, por sua vez, escreveu: "O trabalho de Hayek marca o começo do debate mais fundamental no campo da filosofia política". Este livro, em linguagem não acadêmica, fala das principais ideias do economista que revolucionou a compreensão dos mercados e, depois, desafiou profundamente a compreensão pública do governo. Hayek repensou completamente a relação entre indivíduos, mercado e estado.

No atual momento nacional e mundial, diante de tantas e tão rápidas mudanças políticas, sociais e econômicas, a obra de F.A. Hayek mostra-se atual e necessária, para, ao menos, tentar entender o está aí e procurar novos caminhos. Pensar sobre um estado menor, com mais liberdade para os cidadãos e adotar novas ideias e soluções liberais pode ser uma saída para não repetir grandes erros do passado.

lançamentos 

Teoria da Literatura - Trajetória, fundamentos, problemas (É Realizações, 112 páginas), do professor Roberto Acízelo de Souza da Universidade do Rio de Janeiro, fala com clareza, objetividade, abrangência e síntese sobre teoria literária, sua origem, desenvolvimento, problemas, objetivos, correntes e relações com outras disciplinas. Sem concessões ou simplismos, a obra é útil para professores, estudantes e leitores com curiosidade saudável sobre o tema.

Um amor em movimento (Novo Conceito, 158 páginas), de Fernando Moraes, é romance roteirizado pela filosofia. Joan e Martina, dois professores de importante universidade de Santiago do Chile, ele filósofo, de origem pobre e ela da elite, formada em Medicina, saem a passear e conversar sobre Hannah Arendt, Schopenhauer, Voltaire, Pablo Neruda, Jesus Cristo e outros. Amor, solidariedade, socialismo cristão, cidadania e política são temas dos papos peripatéticos.

Mulheres nas artes, na cultura e na história (Ediplat, 120 páginas), do Círculo de Pesquisas Literárias-CIPEL, com introdução e organização de Rafael Bán Jacobsen e Lotário Neuberger, tem textos deles, de Felipe Daiello, Luiz Osvaldo Leite, Moacyr Flores, Hilda Hübner Flores e outros sobre mulheres filósofas no Estado, Eva Sopher, sufragismo, Princesa Isabel, Zoravia Bettiol, Irmã Maria Clara e Joanne DArc, cartas da Princesa Leopoldina e outros temas. -



Jornal do Comércio (https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/colunas/livros/2018/08/646164-estado-de-que-tamanho.html)