terça-feira, 18 de dezembro de 2018



18 DE DEZEMBRO DE 2018
+ ECONOMIA

PERDA DE US$ 20 MILHÕES EM SAPATOS

A represália do Equador a uma barreira sanitária do Brasil provocou perda estimada em US$ 20 milhões à indústria calçadista nacional. Heitor Klein, presidente da Abicalçados, que representa o setor, esteve com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, em busca de solução.

O caso aguarda apenas o envio de documentação de análise de risco da Secretaria da Pesca para a Advocacia-Geral da União (AGU) para ter um desfecho positivo para os calçadistas brasileiros.

Oitavo maior comprador de sapatos do Brasil, o Equador passou a restringir o produto depois que o Ministério da Agricultura brasileiro exigiu certificado sanitário para a entrada de camarões e bananas aqui. Impôs comprovação documental de origem e cobrou "tarifa de garantia" de 10% do valor, mais US$ 6 por par de sapatos. Na prática, impedia a venda. Agora, o risco de contaminação já está afastado, mas a Secretaria da Pesca precisa encaminhar a comprovação à AGU e ao STF.

A usina São Sepé, que queima casca de arroz para gerar energia, elevou investimento de R$ 48 milhões para R$ 60 milhões. Conforme a coluna antecipou, a térmica começa a funcionar hoje, sem problemas de conexão com o sistema elétrico.

REDE DE ALTA OCTANAGEM

Quando vendeu 50% da distribuidora de combustíveis Rodoil, de Caxias do Sul, para a holandesa Vitol, seu presidente-executivo, Roberto Tonietto, avisou que seria um reforço na expansão. Ontem, anunciou a compra de uma das maiores concorrentes locais, a Megapetro.

O negócio, com valor mantido em sigilo, vai aumentar em 30% o número de postos Rodoil, somando cerca de 400 com bandeira própria na Região Sul. Segundo Tonietto, a marca da empresa adquirida será mantida por alguns anos, até por ser mais antiga do que a Rodoil. O proprietário, Juarez Nonemacher, não mora mais no Brasil. A negociação se estendeu por seis meses.

Tonietto afirma que a Rodoil pretende ter papel ativo na consolidação do "segundo pelotão" das redes de distribuição. Esse segmento teve dois movimentos recentes importantes, a compra da Ale pela Glencore e a da rede Zema, do governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema, pela francesa Total.

A entrada da Vitol mostra que a Rodoil está no radar global sobre o Brasil. A concretização depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Rodoil foi fundada em 2006, e neste ano deve alcançar faturamento ao redor de R$ 5 bilhões. As vendas da Megapetro devem chegar a R$ 700 milhões em 2018. 

A Cótica, empresa gaúcha de engenharia e construção, fechou parceria com a italiana Sebigás, criada em 2008 pelo grupo industrial Maccaferri. A italiana tem cerca de 80 projetos de usinas de biogás e biometano.

MARTA SFREDO

Nenhum comentário:

Postar um comentário